Quando um filme faz as garotas gritarem descontroladamente para os personagens na tela do cinema, não há a menor dúvida: estamos diante de um sucesso. Um sucesso para elas – e um pesadelo para o resto dos mortais. A exibição especial de Lua nova nesta quarta-feira, aberta para a imprensa e para algumas (centenas de) fãs, tem tudo para ser uma prévia do que deve ocorrer em mais de 600 salas de cinema de todo o Brasil. Pela primeira vez desde que se tornaram românticos e vegetarianos, os vampiros voltaram a ser um fenômeno assustador. Pelo menos a julgar pelos efeitos sonoros da plateia.
Não que as fãs tenham culpa: basta assistir a alguns minutos de Lua nova para perceber que o filme foi feito com o único propósito de arrancar gritinhos das adolescentes. E, ao menos nesse aspecto, trata-se de uma obra-prima.
Ao adaptar o segundo livro da megafranquia Crepúsculo, o diretor Chris Weitz conseguiu manter o delicado equilíbrio entre as cenas sem camisa do lobisomem Jacob Black (Taylor Lautner, que ganhou 14 quilos desde o primeiro filme) e os closes românticos no vampiro Edward Cullen (Robert Pattinson, irresistivelmente inexpressivo). Tudo estrategicamente calculado para garantir que, a cada cinco minutos de filme, pelo menos uma fã vai colocar as cordas vocais para funcionar.
Entre uma overdose de hormônios e outra, Lua nova retoma a história do primeiro filme. Como já era esperado, a tranquilidade no relacionamento entre a adolescente Bella Swan (Kristen Stewart) e seu monstro preferido não dura muito. Depois de um incidente na casa da família Cullen, Edward percebe os riscos de manter sua amada entre os vampiros e decide que a separação é a melhor maneira de protegê-la. Para encarar a depressão, ela conta com a ajuda do amigo boa-praça Jacob, que logo revela ser um lobisomem. É o início de um bizarro triângulo amoroso: um vampiro que não quer morder a garota, um lobisomem que não morde nem a garota nem o vampiro e uma garota que tem o dom sobrenatural de complicar sua vida amorosa.
Não que as fãs tenham culpa: basta assistir a alguns minutos de Lua nova para perceber que o filme foi feito com o único propósito de arrancar gritinhos das adolescentes. E, ao menos nesse aspecto, trata-se de uma obra-prima.
Ao adaptar o segundo livro da megafranquia Crepúsculo, o diretor Chris Weitz conseguiu manter o delicado equilíbrio entre as cenas sem camisa do lobisomem Jacob Black (Taylor Lautner, que ganhou 14 quilos desde o primeiro filme) e os closes românticos no vampiro Edward Cullen (Robert Pattinson, irresistivelmente inexpressivo). Tudo estrategicamente calculado para garantir que, a cada cinco minutos de filme, pelo menos uma fã vai colocar as cordas vocais para funcionar.
Entre uma overdose de hormônios e outra, Lua nova retoma a história do primeiro filme. Como já era esperado, a tranquilidade no relacionamento entre a adolescente Bella Swan (Kristen Stewart) e seu monstro preferido não dura muito. Depois de um incidente na casa da família Cullen, Edward percebe os riscos de manter sua amada entre os vampiros e decide que a separação é a melhor maneira de protegê-la. Para encarar a depressão, ela conta com a ajuda do amigo boa-praça Jacob, que logo revela ser um lobisomem. É o início de um bizarro triângulo amoroso: um vampiro que não quer morder a garota, um lobisomem que não morde nem a garota nem o vampiro e uma garota que tem o dom sobrenatural de complicar sua vida amorosa.
O filme desenvolve o relacionamento entre Jacob e Bella – que, apesar gostar da companhia do novo amigo, continua sabendo muito bem para quem quer oferecer seu pescoço. Mas, durante a maior parte da história, tem de se contentar apenas com as aparições de Edward, que lhe dá conselhos em situações de perigo. Essa é e uma das poucas liberdades que Chris Weitz toma em relação ao livro: no texto de Stephenie Meyer, Bella apenas ouve a voz de seu amado, sem vê-lo. O diretor, é claro, não deixou passar a oportunidade de colocar mais Robert Pattinson no filme e fazer as garotas gritarem mais um pouco.
Fora isso, há poucas surpresas em Lua nova para quem já leu o livro. A maior delas é justamente a falta de surpresas: apesar de contar com o dobro do orçamento, o novo diretor manteve o clima quase independente de Crepúsculo – a exceção dos efeitos visuais, que precisavam melhorar e realmente melhoraram. O tom de romance adolescente é reforçado por um dos pontos altos do filme: a trilha sonora eclética e impecável, que já vendeu mais de 2,2 milhões de cópias nos Estados Unidos.
Se as fãs da saga ficarão agradecidas pela adaptação fiel do livro, é difícil dizer o que o filme tem a oferecer a quem ainda não foi mordido pela febre Crepúsculo. A verdade é que, entre gritinhos e belas canções, sobra pouco no enredo do filme. Fica a impressão de que toda a história foi apenas um aquecimento para a adaptação do terceiro livro, Eclipse - no qual, aí sim, os conflitos apresentados nos dois primeiros filmes começam a se desenrolar. Após a última cena de Lua nova, que deve enlouquecer até as fãs mais discretas, resta gritar diante da tela e esperar que o novo filme venha logo.
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