sábado, abril 16, 2011

Chapéuzinho vermelho


Sou muito pequenininha mesmo, fazer o que?

E de sainha de roda...vixe. Fiquei mais baixinha e com pernas mais grossas do que são.

Que fique registrado aqui o dia de hoje. kkkk

quarta-feira, abril 13, 2011

O RIO DE JANEIRO DE PIXELS E SAMBA


O Rio de Janeiro pode até não sair de moda, ser famoso pelas belezas naturais e objeto de desejo de turistas de todo o mundo. Mas o Rio que vai ficar famoso nas próximas semanas não é obra conjunta da natureza e do homem. Foi esculpido em Connecticut, nos Estados Unidos, por 300 animadores sob a batuta de um carioca radicado em Nova York: Carlos Saldanha. Rio, a nova animação dirigida por ele, chega aos cinemas na sexta-feira (8) e tem potencial para repetir o último sucesso do diretor, Era do Gelo 3, que chegou ao topo da bilheteria mundial de 2009, com renda de 900 milhões de dólares.



O filme conta a história da arara-azul Blu, dublada por Jesse Eisenberg (de A Rede Social), que foi parar no frio Estado de Minnesota, nos EUA, onde foi domesticado por uma simpática nerd. Além de não saber voar, Blu é cheio de tiques nervosos e manias. Os dois são abordados pelo ornitólogo Túlio (Rodrigo Santoro), que conta ser Blu o último macho de sua espécie e convence sua dona a levá-lo ao Rio de Janeiro para acasalar com Jewel (Anne Hathaway), a última fêmea. Na Cidade Maravilhosa, onde Blu se descobre um estrangeiro em sua própria terra, a dupla é sequestrada por traficantes de animais e precisa dar um jeito de fugir. Os dois são perseguidos pela cacatua Nigel, capaganga dos traficantes dublada por Jemaine Clement, um dos pontos altos do filme. Todo o enredo se desenrola durante o carnaval.




Se o Rio de Saldanha tem a mágica das animações dos antigos filmes dos estúdios Disney — hoje relegados à memória da era 2D — isso se deve ao olhar estrangeiro do seu diretor. Há mais de 20 anos fora do Brasil, Saldanha, sempre que volta ao Rio, olha a cidade como um turista. “Adoro a sensação de ver o Rio pela primeira vez. Me sinto um turista, presto atenção em detalhes que passariam batido. Quis passar essa sensação para quem assistir ao filme”, afirmou em visita ao Brasil. Ele conseguiu. Embora artificial, o Rio que o diretor criou em Connecticut tem as cores e as paisagens de tirar o fôlego da cidade real. O uso do 3D enriquece a beleza do longa de um jeito que, quando os protagonistas pulam de asa-delta da Pedra da Gávea, dá para sentir o frio na barriga que antecede o pulo. As reproduções em 3D do Corcovado, Santa Teresa e a Vista Chinesa também não deixam a desejar. Rio dá samba não só pelas montanhas e praias de pixels. O elenco de dubladores é talentoso. Todos foram orientados por Saldanha a soar como eles mesmos, evitando vozes cartunescas. “Cheguei ao estúdio implorando ao Carlos que me deixasse fazer um sotaque português… Ou o certo é dizer brasileiro?”, afirmou Anne Hathaway, se confundindo com as palavras. “Fiquei surpresa quando me disseram que eu deveria soar como eu mesma”. Por isso, o texto que as aves do filme falam foi construído de forma colaborativa e espontânea. Os atores não só tinham liberdade como eram encorajados a improvisar, ir além do roteiro. “Carlos sempre me encorajou a fazer piadas que não estavam previstas, usar a minha personalidade”, disse Eisenberg. O vilão Nigel é uma atração a parte e tem o carisma dos grandes vilões infantis. É uma cacatua feia que se alimenta de frango e foi um grande astro de telenovelas — até ser trocado por uma ave mais jovem e bonita. Seu número musical, com a canção “Pretty Bird” escrita pelo próprio dublador, é um dos melhores momentos do filme.



No carnaval de Saldanha, quem desfila na produção musical é o músico brasileiro Sérgio Mendes, com composições de Will.i.am (do Black Eyed Peas), Taio Cruz e Carlinhos Brown. Rio gravita do samba ao funk e tem músicas que contagiam. É o que se vê na nova de “Mas que nada”, que fez sucesso no exterior com o grupo Brasil ’66, liderado por Sérgio e é aparece na animação. Na primeira cena do filme o espectador dá de cara com um samba-enredo com uma percussão rica, valorizada pelo som de uma boa sala de cinema, e cantando em inglês. Rio tem suingue.



O filme, que no fim das contas se revela uma história de amor, vai agradar a crianças e adultos. Para o público carioca o filme terá um significado especial, por conta do momento de recuperação da auto-estima da cidade, que vai sediar os grandes eventos esportivos e tem recuperado territórios antes dominados pelo tráfico. Carlos Saldanha prova que, além de dar samba, o Rio dá cinemão de qualidade.

Desculpe, eu não me lembro de você

Todos nós somos inesquecíveis, claro. Mas algumas pessoas, estranhamente, se esquecem de nós. E nós também nos esquecemos de pessoas. Se a vida fosse simples, não haveria problema. “Desculpe, eu não me lembro de você”. Diante dessa frase, perfeitamente compreensível, a pessoa explicaria, rapidamente, onde e quando vocês se conheceram – e que tipo circunstância compartilharam. Foi trabalho, lazer ou prazer?



Mas a vida está longe de ser simples. Diante de um sorriso de intimidade num rosto estranho, a maior parte de nós mergulha em pânico social. Em vez de admitir ignorância, somos levados a agir como tontos. Sorrimos de forma mecânica, entabulamos uma conversa sem sentido, esperamos que o cérebro – o mesmo que acaba de nos deixar na mão – encontre uma saída para a enrascada. A quem pertence esse rosto, meu deus? De quem é essa voz que se dirige a mim com tanta naturalidade? Todos já passamos por esse pesadelo.



Faz muito tempo eu vi um filme francês no qual havia uma cena desse tipo, deliciosa. O sujeito entra no bar, senta-se em frente da garçonete e faz cara de criança feliz. A moça olha, estranha a atitude dele e, afinal, pergunta: você e eu nos conhecemos? O rapaz balança a cabeça afirmativamente. Ela faz cara de brava, afasta-se, mas volta, minutos depois, curiosa. “Nós transamos?”, pergunta. O rapaz assente, com entusiasmo. Na cena seguinte, estão os dois na cama, com cara de que deu tudo errado. Ela diz uma única frase: “Agora me lembrei de você”. Afinal, o que nos torna esquecíveis ou inesquecíveis? Minha impressão é que isso nada tem a ver com qualidades inerentes, como beleza, charme e habilidades. É uma questão de circunstância. Às vezes estamos tão agitados ou tão distraídos que a mais bela mulher do mundo pode passar sem deixar marcas. Diante do cenário em movimento, torna-se um rosto ou um corpo sem identidade. Outro. Há fases da vida dos homens e das mulheres em que isso tende a acontecer. Pela quantidade, pela repetição, pela ausência de relevo emocional. A tristeza provoca esse tipo de sensação. Ou a euforia. Tudo fica mais ou menos igual. As coisas e pessoas vão se sucedendo e todas elas ficam parecidas. É provável que alguém que passe pela vida do sujeito – ou da moça – num período desses, seja posto de lado na memória, logo em seguida. Sem desonra. A gente nunca sabe o que se passa no interior do outro.



Agora que inventaram o Facebook, essas coisas estão acontecendo em escala muito maior, planetária. Na vida de todo mundo.Eu não sou a mais popular da cidade, nunca fui, e, mesmo assim, vira e mexe aparece alguém no meu perfil, se reapresentado: então, lembra de mim? Às vezes eu não me lembro de nada e deixo por isso mesmo. A memória deve ter suas razões. Em outras ocasiões eu quase lembro, quase sei quem é a pessoa, e isso me deixa curiosa. O que terá havido que eu borrei na memória?



Como eu disse no início, todos nós somos intrinsecamente inesquecíveis. Únicos mesmo. E eu acredito nisso. Se alguém pudesse, como nos filmes, entrar na nossa mente, por um segundo que fosse, perceberia a corrente de sentimentos, memórias e sensações totalmente originais que forma cada um de nós. Mas não vivemos assim, não é? Passamos rapidamente pela vida dos outros, que passam pela nossa, sem verdadeiramente nos tocar. Somos muitos, não deixamos marcas e tampouco nos deixamos marcar. Nessas circunstâncias, a memória fraqueja. Cria embaraços, mas abre, também, novas oportunidades. “Desculpe, eu não me lembro de você”, não é necessariamente um insulto. Pode ser apenas um recomeço.

sexta-feira, abril 08, 2011

Nosso sonho

Gatinha, quero te encontrar, vou falar, sou Claudinho Menina Musa do Verão, você conquistou o meu coração, to vidrado, hoje eu sou, um Buchecha apaixonado. Naquele lugar, naquele local, era lindo o seu olhar Eu te avistei, foi fenomenal Houve uma chance de falar Gostei de você quero te alcançar Tem um ímã que, fez o meu hospedar Nossas emoções, eram ilícitas Que apesar das vibrações Proibia o amor, em nossos corações Ziguezaguiei no vira, virou você quis me dar as mãos, não alcançou Bem que eu tentei, algo atrapalhou a distância não deixou Foi com muita fé, nessa ilustração,que eu não dei bola para a ilusão. Homem e mulher, vira em inversão bate forte o coração Tumultuado o palco quase caiu Eu desditoso, e você se distraiu Quando estendi as mãos, pra poder te segurar Já arranhado e toda hora vinha uma A impressão que o palco era de espuma Você tentou chegar, não deu pra me tocar Nosso sonho não vai terminar Desse jeito que você faz Se o destino adjudicar esse amor poderá ser capaz, gatinha Nosso sonho não vai terminar Desse jeito que você faz E depois que o baile acabar, vamos nos encontrar logo mais Na Praça da Play-Boy, ou em Niterói. Na fazenda Chumbada ou no Coez. Quitungo, Guaporé nos locais do Jacaré. Taquara, Furna e Faz-quem-quer. Barata, Cidade de Deus, Borel e a Gambá. Marechal, Urucânia, Irajá. Cosmorana, Guadalupe, Sangue-areia e Pombal Vigário Geral, Rocinha e Vidigal Coronel, mutuapira, Itaguaí e Sacy. Andaraí, Iriri, Salgueiro, Catirí Engenho novo, Gramacho, Méier, Inhaúma, Arará. Vila Aliança, Mineira, Mangueira e a Vintém. Na Posse e Madureira, Nilópolis, Xerém. Ou em qualquer lugar, eu vou te admirar. Nosso sonho não vai terminar Desse jeito que você faz Se o destino adjudicar esse amor poderá ser capaz Nosso sonho não vai terminar Desse jeito que você faz E depois que o baile acabar, vamos nos encontrar logo mais Os teus cabelos cobriam os lábios teus Não permitindo encontrar os meus E você é baixinha, gatinha eu vou parar Mas tudo isso porque eu me sinto coroão Tu tens apenas metade da minha ilusão Seus doze aninhos permitem somente um olhar Nosso sonho não vai terminar Desse jeito que você faz Se o destino adjudicar esse amor poderá ser capaz Nosso sonho não vai terminar Desse jeito que você faz E depois que o baile acabar, vamos nos encontrar logo mais! Nosso sonho não vai terminar!

domingo, abril 03, 2011

Troque o príncipe pelo lobo mau

Eu sempre adorei contos de fadas. Acho que por isso fiquei horrorizada quando chegou às minhas mãos o livro Troco o príncipe encantado pelo lobo mau. Mas depois olhei melhor para a capa e notei que ela continha a foto de um homem sem camisa com um tanquinho invejável. Decidi que poderia valer a pena ler o primeiro capítulo para ver se estou desatualizada e agora o lobo mau não é mais tão mau assim. O livro da jornalista espanhola Raquel Sánchez Silva pretende mostrar como a mulher moderna é refém de ideias ultrapassadas, presentes nos contos de fadas. Segundo a autora, a mulher atual “deseja uma troca de papéis nos contos de fada. Sem meios-termos. Da boazinha para a malvada. Uma mulher livre de fraquezas aparentes que foge das cores pastéis”. Não tenho nada contra as cores pastéis, mas tudo bem. Entendi a ideia. Os nomes dos capítulos são ótimos. “Mate a Sininho e envelheça comigo” aborda o ciúme louco que sentimos das amigas e ex-namoradas dos nossos namorados. “Traições da fada madrinha” fala das fura-olhos (aquelas meninas que usam a amizade para tentar seduzir nossos homens). Já “Uma supernanny para o Peter Pan” é sobre os diferentes tipos de homens imaturos. Mas o meu capítulo favorito foi “Uma noite de sexo com o Capitão Gancho”, sobre o uso de vibradores. Confira um trecho: “Quando sua mãe descobre sua primeira bala prateada não sabe se é o último iluminador da Dior ou o parafuso que faltava naquela mesa de design divino que você comprou duas semanas atrás. Ela nunca saberá quem é você. Chega-se a essa primeira reflexão madura sem grandes dificuldades. Acontece com todas nós. Não se preocupe. O que você ainda não percebeu é que viver é compartilhar e talvez um bom consolador ou vibrador seja o que falta para que você e sua mãe possam afinal conversar no mesmo plano, sem os traumáticos e esgotantes cruzamentos de ego, superego e tudo o mais. Um bom papo sobre um vibrador e logo, logo as bobagens são deixadas de lado. Por sua mãe também.” Eu nunca conversei com a minha mãe sobre vibradores. Acho que se o fizesse ela talvez enfartasse novamente. Mas o livro é divertido e mostra bem o seu ponto: às vezes é mais legal ser a rainha malvada, com suas roupas góticas incríveis, do que a princesa perfeitinha com o vestido de mangas bufantes. A leitura é gostosa, mas Troco o príncipe encantado pelo lobo mau não é do tipo de livro que dá vontade de ler todo de uma vez. Na hora de fazer as metáforas com os contos de fadas, a autora força um pouco a mão. No meio dos capítulos a comparação se perde, e dá lugar a temas atuais, como relacionamentos, canalhice e homens em geral. Senti um pouco de falta de uma estrutura narrativa melhor, que tornasse as abobrinhas sexuais mais contextualizadas, como em O diário de Bridget Jones, de Helen Fielding, ou que explorasse com mais poesia o cotidiano, como em É claro que você sabe do que eu estou falando, de Miranda July. Mas se o objetivo for matar o tempo, o livro garante boas risadas.

Amigurumi e a psicoterapia ajudando na concentração e atenção

  O SIGNIFICADO  DE AMIGURUMI Essa palavra não é brasileira, já deu para perceber né, rs rs.  Pela semelhança com a palavra ORIGAMI já dá pa...