AS coisas boas chegam com o tempo. As melhores, de repente. ich bin nicht verrueckt, es ist nur, dass ich in einer Welt lebe, wo es sich nicht lohnt, normal, aber anders zu sein.
quinta-feira, julho 29, 2010
Fada madrinha!

quarta-feira, julho 28, 2010
Um homem inteligente falando das mulheres
O desrespeito à natureza tem afetado a sobrevivência de vários seres e entre os mais ameaçados está a fêmea da espécie humana.
Tenho apenas um exemplar em casa, que mantenho com muito zelo e dedicação, mas na verdade acredito que é ela quem me mantém. Portanto, por uma questão de auto-sobrevivência, lanço a campanha 'Salvem as Mulheres!'
Tomem aqui os meus poucos conhecimentos em fisiologia da feminilidade a fim de que preservemos os raros e preciosos exemplares que ainda restam:
1. Habitat
Mulher não pode ser mantida em cativeiro. Se for engaiolada, fugirá ou morrerá por dentro. Não há corrente que as prenda e as que se submetem à jaula perdem o seu DNA. Você jamais terá a posse de uma mulher, o que vai prendê-la a você é uma linha frágil que precisa ser reforçada diariamente.
2. Alimentação correta
Ninguém vive de vento. Mulher vive de carinho. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ela não receber de você vai pegar de outro. Beijos matinais e um 'eu te amo’ no café da manhã as mantém viçosas e perfumadas durante todo o dia. Um abraço diário é como a água para as samambaias. Não a deixe desidratar. Pelo menos uma vez por mês é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial.
3. Flores
Também fazem parte de seu cardápio – mulher que não recebe flores murcha rapidamente e adquire traços masculinos como rispidez e brutalidade.
4. Respeite a natureza
Você não suporta TPM? Case-se com um homem. Mulheres menstruam, choram por nada, gostam de falar do próprio dia, discutir a relação? Se quiser viver com uma mulher, prepare-se para isso.
5. Não tolha a sua vaidade
É da mulher hidratar as mechas, pintar as unhas, passar batom, gastar o dia inteiro no salão de beleza, colecionar brincos, comprar muitos sapatos, ficar horas escolhendo roupas no shopping. Entenda tudo isso e apoie.
6. Cérebro feminino não é um mito
Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino. Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo (e algumas realmente o aposentaram!). Então, aguente mais essa: mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objeto de decoração. Se você se cansou de colecionar bibelôs, tente se relacionar com uma mulher. Algumas vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você. Não fuja dessas, aprenda com elas e cresça. E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com os homens, a inteligência não funciona como repelente para as mulheres.
Não faça sombra sobre ela
Se você quiser ser um grande homem tenha uma mulher ao seu lado, nunca atrás. Assim, quando ela brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda.
Aceite: mulheres também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar. O homem sábio alimenta os potenciais da parceira e os utiliza para motivar os próprios. Ele sabe que, preservando e cultivando a mulher, ele estará salvando a si mesmo.
E meu amigo, se você acha que mulher é caro demais, vire gay.
Só tem mulher, quem pode!

quinta-feira, julho 22, 2010
Escrito nas Estrelas 21-07-2010 quarta-feira parte 1 SoNovela

Namoro e relacionamento
Nos últimos tempos, percebo que é grande o número de mensagens que têm como tema principal a diferença de idades em um casal. A grande maioria dessas mensagens é escrita por mulheres com mais de 40 anos. Elas se mostram indignadas com os homens de sua faixa etária, que, segundo dizem, só querem se relacionar com moças muito mais jovens. Essas mensagens são tão numerosas que, em um dado momento, o Seja + chegou a parecer um fórum de discussões: uma se referia à mensagem da outra, concordava ou discordava de algo, e acrescentava informações sobre a experiência vivida. Essas mesmas mulheres mostram-se confusas e até um pouco assustadas com o interesse que homens muito mais jovens têm por elas. Em sua maioria, dizem que não querem uma relação com alguém que teria idade para ser seu filho. Muitas imaginam que esses rapazes devem estar interessados em sua estabilidade financeira.
Não são todas, no entanto, as que rejeitam esse tipo de relação. Há muitas outras mulheres que não estão preocupadas com o interesse dos homens mais velhos pelas mais jovens. Nesses casos, são elas, mulheres maduras que se vêem envolvidas com rapazes muito mais novos. Quando nos escrevem, a maior parte mostra-se assustada com a diferença de idade. Muitas questionam-se – e nos questionam – se a atração por alguém muito mais jovem é "normal", se o relacionamento pode ter futuro e o que esses jovens podem estar buscando com esse tipo de relação. Embora sintam-se atraídas por rapazes, parece haver algo que as "proíbe" (ou tenta proibir) de sentirem atração, como se estivessem fazendo algo errado.
Vemos, então, que as diferenças de idade podem causar indignação, rejeição, atração, medo e tantos outros sentimentos. Independentemente da reação que essas relações despertam, a quantidade de mensagens sobre esse assunto aponta para sua maior frequência nos dias de hoje. Mas o que levou a esse aumento? Por que antes era algo mais raro e hoje vem se tornando cada vez mais comum? Entre tantos outros, posso enxergar pelo menos dois motivos para isso. Vamos a eles:
A valorização da juventude. A juventude, na cultura ocidental, vem sendo cada vez mais valorizada. Ser jovem é quase um sinônimo de ser belo(a). É isso o que dizem os comerciais de TV, e é nisso que muitos acreditam. Dizer a uma pessoa adulta que ela parece mais jovem é recebido como um elogio. Ao sabermos a idade de uma pessoa que já passou dos 60, por exemplo, frequentemente dizemos, surpresos: "nossa, mas você está muito bem!". É como se esperássemos que ela estivesse mal por causa de sua idade. Toda essa valorização do jovem e a associação entre juventude e beleza fazem com que muitos – homens e mulheres – sintam-se mais atraídos por pessoas muito mais jovens que eles. Se o belo é o jovem, é natural que ele seja buscado quando se deseja ter um relacionamento.
Maior liberdade de escolha. Se compararmos a realidade dos nossos dias à de tempos passados, perceberemos com facilidade que hoje há uma maior liberdade para se escolher alguém para se relacionar. Antigamente os casamentos não passavam de contratos entre duas famílias. O sentimento e a afeição não eram um critério de escolha, e os próprios noivos pouco tinham a opinar sobre seu matrimônio. Se fosse interessante a ambas as famílias, o casamento era combinado. Hoje a realidade é bastante diferente. As escolhas são feitas com base no amor e na afinidade. Não há um padrão ou um critério rígido que determine o que é certo e o que é errado. Essa possibilidade de escolher abre caminhos para relações de todos os tipos: entre pessoas de diferentes raças, classes sociais, idades, entre outros. Ainda que muitos ainda vejam essas relações com preconceito, elas são permitidas. A liberdade de escolha leva diversas pessoas a se permitirem se relacionar com outras independentemente de serem muito mais velhas ou mais jovens.
Entendidos pelo menos dois motivos para o aumento da quantidade de relações entre pessoas de faixas etárias muito diferentes, surge a pergunta: o que as pessoas buscam nesses relacionamentos? Vou tentar examinar o lado de cada um nas relações entre homens mais velhos e mulheres mais novas, e entre homens mais jovens e mulheres mais velhas. Antes, porém, se fazem necessárias duas ressalvas. A primeira delas é que cada caso é um caso, e que não podemos generalizar e dizer que todos buscam o mesmo nesses tipos de relacionamento. Vou expor algumas ideias, o que não significa que sejam uma regra geral ou algo que se aplique a todos. A segunda ressalva é quanto à ideia, muito difundida hoje em dia, de que jovens procuram relacionamentos com pessoas mais velhas buscando estabilidade financeira. Isso pode ser verdade em alguns casos, mas não seria justo com a maioria generalizar e considerar tantas pessoas como interesseiras. Por isso, a única menção ao interesse financeiro foi esta. Dito isso, vamos tentar pensar o que buscam aqueles que se envolvem com pessoas de idades muito diferentes.
Mulheres mais novas que se interessam por homens mais velhos. Muitas dessas mulheres pensam que homens mais velhos são mais maduros e têm maior estabilidade emocional. Consideram que eles não têm tantas dúvidas quanto os mais jovens, e sabem melhor o que desejam para suas vidas. Tudo isso transmite uma sensação de segurança buscada por muitas mulheres em suas relações. Algumas dizem que os mais velhos sabem tratar uma mulher melhor do que os mais jovens, pois são mais atentos e gentis.
Homens mais velhos que se interessam por mulheres mais novas. A juventude, tão idealizada nos dias de hoje, é um dos aspectos que faz gerar a atração de homens mais velhos por mulheres mais jovens. Aqui não se trata apenas da juventude delas, mas também da deles. Estar com uma mulher jovem muitas vezes faz com que se sintam também mais jovens. Muitos procuram se cuidar mais, fazem exercícios e dietas, e assim acabam realmente parecendo mais novos. Além disso, homens maduros encontram nas moças uma maior disponibilidade sexual. Enquanto muitas mulheres mais velhas mostram-se sexualmente conservadoras, com pouca vontade de inovar, as mais jovens frequentemente gostam de variar.
Homens mais novos que se interessam por mulheres mais velhas. Muitos homens mais jovens consideram as mulheres mais velhas mais tolerantes e compreensivas. Isso é especialmente verdadeiro em relação à iniciação sexual. Alguns homens se sentem cobrados por mulheres de suas faixas etárias, como se precisassem mostrar segurança e firmeza todo o tempo. As mais velhas seriam mais flexíveis e entenderiam melhor suas dúvidas e inseguranças. Além disso, muitos homens consideram que a experiência de vida dessas mulheres as levaram a ser mais seguras em relação às suas escolhas. Elas sabem o que querem e são práticas, e por isso são consideradas interessantes.
Mulheres mais velhas que se interessam por homens mais novos. Em geral as mulheres que têm esse tipo de relação consideram os homens mais jovens mais carinhosos e espontâneos que os de sua faixa etária. Isso acontece por eles não terem sofrido tantas desilusões, como muitos homens mais velhos, e por isso se defendem menos nas relações. Além disso, sua disposição e a energia que possuem geralmente são um ponto a favor. Muitas mulheres pensam que relações desse tipo têm mais emoção e que os homens mais jovens são mais companheiros que os mais velhos.
Independentemente das diferenças de idade que possa haver entre um e outro, o importante é lembrar que, entre dois adultos, "qualquer maneira de amor vale à pena", como disse Milton Nascimento em sua bela música. Não há relacionamentos "certos" e outros "errados". O "certo", nesse caso, é que os dois estejam felizes. Mesmo se essa felicidade incomode a outras pessoas.

Casais perfeitos
Com base nessa limitada experiência, casais que transpiram felicidade pública me deixam cético. Aprendi que as pessoas fingem bem-estar e harmonia, como interpretam tantas outras coisas que dão prestígio social. Pega mal fazer parte de um casal que vive às turras, que não dá certo, que passa uma imagem de infelicidade e derrota. Logo, as pessoas criam uma imagem de felicidade para consumo externo. Na intimidade ninguém sabe mesmo o que se passa.
Essas coisas me ocorreram ao ver Angelina Jolie na capa da revista Vanity Fair, falando do seu casamento de sonhos com Brad Pitt. Os dois são lindos, ricos e famosos. Viajam pelo mundo com suas seis crianças multirraciais. Quando ela faz um filme, sempre em lugares espetaculares como Veneza, ele acompanha e cuida das crianças. Quando ele filma, ela se torna mãe de tempo integral. Ah, sim: já falei que eles são lindos, ricos e famosos?
Eu não acredito nessa história nem por cinco minutos. É evidente para mim que casar a atriz mais bonita do planeta com o ator mais bonito do mundo não dá certo. Parece o roteiro de um conto de fadas. Parece o delírio de um relações públicas da Sony. É como se alguém pegasse os dois primeiros alunos da escola e os casasse. Ou montasse um casal com o artilheiro do time de futebol e a miss da cidade. No papel essas coisas parecem bacanas, mas na vida real quase nunca funcionam.
Um dos casais mais duradouros do cinema foi formado por Elisabeth Taylor e Richard Burton. Eram os Brangelina dos anos 60 e 70, com uma enorme diferença: juntos, produziram um furacão de sexo, álcool, luxo e escândalos. Burton era filho de mineiros miseráveis do País de Gales. Liz Taylor era a atriz mirim que cresceu diante das câmeras para ser a namorada da América. Tinham em comum somente a profissão de ator e o temperamento apaixonado. Viveram no amor as consequências naturais de uma vida pública de excessos. Ele caia de charme e ela de beleza, mas jamais foram perfeitos. Eram de verdade.
Eu olho para a vida das pessoas que me cercam e tenho a impressão de que as relações verdadeiras repelem as semelhanças. Casais interessantes são como o piano e o violino, a dama e o vagabundo, a bela e a fera. Divergem, destoam e se completam. Tenho a impressão de que apenas casais muito jovens são formados por gente da mesmíssima procedência. Quem teve a chance de andar pela vida, em geral escolhe fora do seu clã. Busca diferença e complementação. Procura o novo.
Eu tenho a sorte de conviver com estrangeiros. Percebo a naturalidade com que se montam arranjos dissonantes. O gringo loiro se apaixona pela moça brasileira que nada tem em comum com o estilo de vida dele. Funciona. O moço argentino se casa no Brasil e nunca mais vai embora. O mesmo acontece com muitas mulheres brasileiras na Europa. Ou européias no Brasil. Essas uniões improváveis celebram a diversidade humana e atendem ao desejo das pessoas de se aventurar. Nem todos podem ser Cristóvão Colombo, mas todos podem transformar a sua vida emocional em uma grande descoberta. Navegar é preciso.
Para andar longe na vida, porém, ajuda livrar-se do peso dos esteriótipos. Se todo mundo quiser ser o casal Brangelina, as possibilidades tornam-se limitadas. Não há beldades tatuadas disponíveis para todos. Nem bonitões milionários de ar meigo esperando em fila na próxima esquina. Esse é um sonho padrão, oferecido globalmente como um sanduíche Mcdonalds.
Quando se trata de afeto e relacionamento, melhor é cada um achar sua própria receita. A mulher que lhe cai bem, o sujeito que a deixa feliz. A percepção dos outros é menos importante do que os nossos sentimentos. O par perfeito aos olhos dos amigos pode ser fonte de tédio e aborrecimento. O arranjo de aparência harmoniosa que confere prestígio pode ser um desastre íntimo.
A mim ajuda lembrar, na hora de fazer escolhas, que casais perfeitos não existem: eles ficam bem nos filmes e ilustram divinamente a capas de revista, mas devem ser uma droga na vida real.
(Ivan Martins escreve às quartas-feiras)

terça-feira, julho 20, 2010
Desconhece-te a ti mesmo - texto de Eliane Brum
Na medida em que esse personagem se torna convincente, no sentido de ser bem-sucedido na sua relação com as várias esferas sociais, ele nos dá possibilidades e também nos tira possibilidades. Ele nos dá estabilidade, segurança, certezas, reconhecimento. Mas ele contém em si uma armadilha. Do tipo: “Bom, então é isso o que eu sou e esta é a minha vida, daqui em diante é só navegar”. Este tipo de conclusão pode se tornar uma prisão se você achar que esse personagem é tudo o que você é. Ou que tudo que havia para ser decidido na sua vida já está dado. Neste caso, a natureza fluida que nos habita vira cimento. E a busca, que é a matéria que move nossa existência, termina.
O que descubro – e que tem se mostrado um caminho bem mais difícil do que eu imaginava que seria – é a necessidade de se manter, pelo menos em parte, estrangeiro à própria vida. Manter algo de si no vazio, uma parte de nós capaz de olhar para o todo como terra desconhecida, aberta para o espanto de nós em nós. Ou seja: é preciso ser capaz de olhar para nós mesmos com estranhamento para que possamos enxergar possibilidades que um olhar viciado tornaria invisíveis. Este é o processo de se desconhecer como uma forma mais profunda de se conhecer. Para novamente se desconhecer e assim por diante. Exige muita coragem. Porque dá um medo danado.
Ao mudar minha vida para me reapropriar do meu tempo, um dos meus planos era me dar ao luxo de ficar olhando para o teto, por exemplo, sem fazer nada que pudesse ser considerado útil ou produtivo. Queria ser um pouco perdulária com o meu tempo num sentido novo. Em vez disso, tratei de ocupar todas as minhas horas com tarefas minhas, mas tarefas. Em vez de acordar às 6h30, como fazia quando tinha emprego e salário, passei a acordar às 4h30. Eu tinha tanto medo do vazio que resolvi preenchê-lo todo, a ponto de quase não dormir. Descobri que precisava abrir mão da covardia de não querer ter tempo para tudo o que não sei o que é. Demorei meses, me angustiei bastante, mas consegui me lambuzar de uma liberdade nova.
Descobri também que deveria fechar algumas portas – e não mais abri-las. Passei boa parte dos últimos anos abrindo portas e experimentando o que havia do outro lado. Isso me levou a experiências ricas e me ajudou a construir o momento em que pude começar a fechar portas. Descobri então que tão importante quanto abrir é ter a coragem de fechar. E fechar é muito mais difícil. Quando quase tudo está em aberto, é preciso ser muito seletivo com relação às portas. O que eu quero, o que eu não quero. O que é importante, o que não é importante. O que é bom para mim, o que não é. As pessoas com quem vale a pena compartilhar projetos, as que não quero manter perto de mim. O que me leva a algum lugar novo ou a alguma forma nova de ver o mesmo lugar, o que me traz de volta ao mesmo ponto.
Recebi convites de todos os tipos, alguns bem inusitados. Para ganhar muito mais dinheiro do que jamais ganhei, para não ganhar nada, para fazer o que nunca fiz, para fazer o que sempre fiz. Tive de parar e pensar que naquele momento eu tinha de recusar tudo porque ainda que algumas propostas fossem quase irrecusáveis, eu precisava ficar no vazio e me desconhecer para ser capaz de fazer escolhas mais verdadeiras. Eu precisava me desintoxicar de mim para poder ser mais eu mesma.
Descobri ainda que é preciso resistir também às certezas que as pessoas têm sobre nós. Há gente de todo o tipo. E alguns ficam muito desorientados se a gente muda, se qualquer coisa ao redor deles muda. Querem desesperadamente que voltemos a ser um clichê seguro. Quando você abre mão do seu clichê, o clichê que mora em alguns começa a coçar. Desinteressei-me de alguns amigos que queriam porque queriam que eu dissesse que sentia falta da vida que tinha, muito parecida com a deles. Percebi que torciam menos secretamente do que gostariam para que meu projeto desse errado, para então continuar vivendo em paz com certezas sobre as quais, ao que parece, têm muitas dúvidas. Do mesmo modo que guardei apenas um olhar de Mona Lisa para aqueles que adoram teorias conspiratórias e queriam saber “de verdade” o que tinha acontecido, porque lidam melhor com fofocas velhas do que com fatos novos. Fechar portas é também virar as costas para quem exige que sejamos sempre os mesmos para sua própria comodidade.
Descobrir as outras possibilidades do que sou é, neste momento, minha maior tarefa. Para chegar a isso preciso me perder de mim, me desconhecer. Neste sentido, hoje minha reportagem mais difícil é a busca destes outros personagens que moram no universo sem limites definidos do que sou. E que são tão verdadeiros quanto a repórter que sou. E que me tornarão melhor repórter do que pude ser antes de construir a chance de viver a verdade dessa busca.
Um momento de vida que é apenas um momento que também deve ser superado para que outros possam vir, já que não me interessa sair de um escaninho para cair em outro. Nada impede que amanhã eu descubra que ter um emprego e um formato de vida mais estável é o melhor para mim – ou que não, eu continue achando mais divertido viver com mais autonomia e menos dinheiro. Ou que invente um jeito novo que serve para mim, mas pode não servir para mais ninguém. O contrato que assinei comigo mesma é o de seguir coerente com a necessidade de me buscar.
Quando minha amiga repetiu para mim o que disse ao analista – “Estou aqui porque quero me desconhecer” –, ela me ajudou a compreender melhor o meu momento. E eu pude dizer a meu outro amigo que ele precisa ter a coragem de se manter sem saber quem é por um tempo, para poder então descobrir o que quer fazer com seu desejo. Conto esta experiência aqui porque acredito que outras pessoas possam estar vivendo algo parecido, por caminhos e circunstâncias próprias – e acho importante refletirmos juntos. Manter parte de nós no vazio gera muito angústia, mas, se tivermos a coragem de aguentar um pouco, nos leva a lugares desconhecidos e excitantes de nós mesmos. Não é nem que as perguntas mudem, mas é o jeito de fazê-las que precisa ser novo para que possamos alcançar respostas mais estimulantes. Tenho para mim que as grandes perguntas de todos nós são sempre as mesmas, o que muda é como buscamos as respostas.
Acho que se desconhecer é sacudir o cimento que há em nós, colocado por nossas mãos e também pelas mãos ávidas dos outros. E isso vale para tudo, até para coisas muito triviais. Como aquelas frases: “Fulano não come peixe” ou “Sicrano detesta sair de casa”. Se o fulano acredita que porque não comia peixe aos dez anos não vai comer aos 30, nunca vai saber o gosto de um tambaqui. Assim como nenhuma pequena ou grande aventura acontecerá ao sicrano que não se arrisca além da porta da rua porque está esmagado no sofá da sala pelo dogma que criou para si e que os outros ajudaram a cimentar. Porque é só o começo. Destes pequenos dogmas se passa para outras verdades absolutas que dizem respeito a todas as áreas da vida. “Fulano é assim”, portanto fulano é imutável e, portanto, fulano está morto, mas não sabe.
Meu conselho é fugir de frases do gênero: “Eu sou um tipo de pessoa que...” ou “Deixa eu te contar que tipo de pessoa eu sou...”. Suspeito que quem diz essas coisas não sabe nem o caminho de casa. Acho que as buscas mais interessantes começam com frases como: “Não sei mais quem eu sou” ou “Não tenho ideia de quem eu sou”. Ótimo, podemos dizer que começamos a nos conhecer. Claro que só para nos perdermos logo adiante. Afinal, para que mais serve a vida?

Junho Acabou
Quem acabou ganhando a copa foi a Espanha.Bendito o tal polvo alemão vidente que não errou nenhuma das apostas.
Em junho também teve meu aniversário que comemorei com o Denis do meu lado e ainda conheci o Vinicius, amigo dele. Foi legal.
Thiago Cid ganha o prêmio de melhor jornalista pelo SEBRAE no dia 03 de junho, um dia antes do meu aniversário, em Brasília.
O tal do goleiro Bruno do Flamengo cometeu um crime ediondo junto a seus amigos - assassinou a suposta mãe de um de seus filhos. Tal assunto ainda hoje é falado nos jornais o tempo todo.
Não foi dessa vez ainda que eu fui pra Londres, mas esse dia está mais próximo do que eu pensava.
Saí do escritório em Maio, agora fico em casa no mesmo cargo. As coisas ainda não estão mil maravilhas, mas vão mudar, tenho certeza disto.

U2 - Stuck in a moment...
There's nothing you can throw at me that I haven't already heard
I'm just trying to find a decent melody
A song that I can sing in my own company
I never thought you were a fool
But darling, look at you
You gotta stand up straight, carry your own weight
These tears are going nowhere, baby
You've got to get yourself together
You've got stuck in a moment and now you can't get out of it
Don't say that later will be better now you're stuck in a moment
And you can't get out of it
I will not forsake, the colours that you bring
But the nights you filled with fireworks
They left you with nothing
I am still enchanted by the light you brought to me
I still listen through your ears, and through your eyes I can see
And you are such a fool
To worry like you do
I know it's tough, and you can never get enough
Of what you don't really need now... my oh my
You've got to get yourself together
You've got stuck in a moment and now you can't get out of it
Oh love look at you now
You've got yourself stuck in a moment and now you can't get out of it
I was unconscious, half asleep
The water is warm till you discover how deep...
I wasn't jumping... for me it was a fall
It's a long way down to nothing at all
You've got to get yourself together
You've got stuck in a moment and now you can't get out of it
Don't say that later will be better now
You're stuck in a moment and you can't get out of it
And if the night runs over
And if the day won't last
And if our way should falter
Along the stony pass
And if the night runs over
And if the day won't last
And if your way should falter
Along the stony pass
It's just a moment
This time will pass

sexta-feira, julho 09, 2010
Mulher baixinha - trecho do texto de Ivan Martins
O fato é que sucesso no Brasil não depende de tamanho. Claro, um salto agulha alonga as pernas, empina o traseiro e dá, à maioria das mulheres, um ar mais sensual. Mas não precisa ser toda hora. Se uma moça baixinha aparece de salto na noite da festa, o impacto é enorme. Não tem de repetir o truque todo dia. Há o risco de banalizar.
Minha impressão é que cada um de nós tem uma medida de parceiro ou parceira que lhe cai bem. Existe até frase feita para isso: é o meu número. E muitas vezes é mesmo. Quando você abraça, dá um encaixe. Quando dança, tudo combina. Quando deita, fica melhor. Achar bonita uma mulher alta não quer dizer que o seu corpo vá ficar feliz com ela. Olhar é uma coisa, transar pode ser outra, inteiramente diferente.
Lembro de um amigo que teve um caso com uma moça grande, bem maior do que ele, que não é um sujeito pequeno. A moça era linda, mas ele vivia reclamando do encaixe. Para beijar, tinha de virar a cabeça pra cima. Para abraçar, só pela cintura. Na hora do sexo, ele, forte, estava acostumado a mover e manusear a parceira – mas com ela não dava. Era muito volume, muito peso. Ele se sentia miúdo e infantil. O caso acabou. Imagino que a moça foi procurar um cara maior. Que encaixasse.
Mas encaixe não quer dizer, necessariamente, baixinho com baixinha e alto com alto. Prefiro pensar nisso como a química do tamanho dos corpos. Qual é a sua? Seres humanos são flexíveis e as possibilidades de encantamento são infinitas. Importante, eu acho, é que cada um de nós descubra a sua própria elegância. As mulheres altas não precisam se curvar para parecer mais baixas. E as pequenas não deveriam se maltratar para ficarem maiores. Graça não tem tamanho. Sedução é jeito e movimento. Com o passar do tempo, a gente descobre do que gosta e quem gosta da gente. Fato.
(Ivan Martins escreve às quartas-feiras)

Polvo vidente
Polvo-vidente aponta Espanha campeã mundial
Paul também prevê que Alemanha ficará em terceiro lugar
EFE
O polvo Paul, o oráculo do aquário Sea Life de Oberhausen, no Oeste da Alemanha, previu nesta sexta-feira a vitória da Espanha na final contra a Holanda. As duas equipes decidem neste domingo o título da Copa da África do Sul. Até agora, o polvo acertou todos os resultados da Alemanha na competição.
Em três minutos, diante das câmeras de televisão, Paul comeu a amêijoa (molusco com concha) que estava dentro do contêiner e abraçou a caixa com a bandeira espanhola, deixando de lado a outra com o pavilhão holandês.
Com dois anos e meio e pesando 700 gramas, Paul, que nasceu na Inglaterra, apontou também que a Alemanha irá vencer o Uruguai na disputa pelo terceiro lugar do Mundial, que será neste sábado.
e mais Empresários ofereceram 30 mil euros para comprar o polvo Paul
O célebre polvo tem um grave erro no currículo. Na final da Eurocopa 2008, vencida pela Espanha, ele previu que a Alemanha seria campeã.
Com nove cérebros e três corações, o polvo-vidente se transformou na estrela da Copa da África do Sul e em herói popular na Espanha, após prever a passagem da Fúria à final.

quinta-feira, julho 08, 2010
Coração de papel

Em fazer chorar a quem lhe quer
A quem só pensa em você
Um dia sentirá
Que amar é bom demais
Não jogue amor ao léu
Meu coração que não é de papel
2X
Por que fazer chorar
Por que fazer sofrer
Um coração que só lhe quer
O amor é lindo eu sei
E todo eu lhe dei
Você não quis, jogou ao léu
Meu coração que não é de papel
(Não é
Meu coração que não é de papel
Não é Não é
Meu coração que não é de papel
Não é...)

Luto

Onde você coloca o sal?

-'Qual é o gosto?' - perguntou o Mestre.
-Ruim' - disse o aprendiz.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.
Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago. Então o velho disse:
-'Beba um pouco dessa água'.Enquanto a água escorria do queixo do jovem o Mestre perguntou:
-'Qual é o gosto?'
-'Bom!disse o rapaz.
-'Você sente o gosto do sal?' perguntou o Mestre.
-'Não disse o jovem.
Mestre então, sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse
-'A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta.
É dar mais valor ao que você tem do que ao que você perdeu. Em outras palavras:
É deixar de Ser copo, para tornar-se um Lago.
"Entender a vontade de Deus nem sempre é fácil, mas crer que Ele está no comando e tem um plano pra nossa vida faz a caminhada valer a pena".

segunda-feira, julho 05, 2010
Smallville - nona temporada
Ascendendo nesta nona temporada, o novo conto moderno da história da lenda do Superman e seus personagens clássicos continua a misturar realismo, ação e emoção para revelar uma nova interpretação desta mitologia. Esta temporada, como o relógio de Metropolis aponta a hora mais obscura de nossos personagens, nós encontramos Clark Kent (Tom Welling) finalmente dando seus primeiros passos para abraçar seu chamado como um super-herói…

terça-feira, junho 29, 2010
Cartas de amor
Para que ninguém se sentisse desconfortável com o desafio de escrever cartas de amor ridículas, ficamos na companhia ilustre de Fernando Pessoa, com a poesia famosa de Álvaro de Campos: “Todas as cartas de amor são ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem ridículas. Também escrevi em meu tempo cartas de amor./ Como as outras, ridículas. As cartas de amor, se há amor, têm de ser ridículas./ Mas, afinal, só as criaturas que nunca escreveram cartas de amor é que são ridículas (...)”.
Encomendar cartas de amor ridículas era um jeito de escapar das cartas laudatórias e de estimular os mais ariscos na demonstração de sentimentos a escrever com o coração ou mesmo com o fígado. Não era um campeonato de quem escrevia mais bonito, mas uma oportunidade imperdível de dizer para o meu pai o quanto cada um o amava, do jeito único que cada um podia dizer, numa história com o meu pai que era só sua.
As reações foram as mais diversas – e bem divertidas. Enquanto uns se desincumbiram bem rápido da missão, outros tinham certeza de que não conseguiriam até o último instante. Meu sobrinho, o mais jovem da família, achava que carta não era coisa da geração dele, para a qual até email já era ultrapassado. Acabou descobrindo que é do tempo das cartas e escrevendo uma bem bonita. Meu irmão do meio, que é físico, sofreu e sofreu e sofreu – e quase na prorrogação enviou uma criativa carta com duas vozes. Fez até desenhos! Finalmente a gente descobria que aqueles mais xucros, os que cumprimentam meu pai com um aperto de mão e uns tapas nas costas, porque homem que é homem só abraça mulher, deixariam Fernando Pessoa orgulhoso.
Conto essa história para que, quem sabe, mais gente se decida a escrever cartas de amor ridículas. Acho que a maioria de nós tem muito a dizer para as pessoas da sua vida, mas adia para algum momento que talvez nunca chegue. Cumprimos horários para tudo, inclusive para o que é bem supérfluo, mas parece que sempre podemos deixar para amanhã dizer às pessoas importantes que, sim, elas são importantes para nós, que trazemos um pouco delas em nossos gestos, nas nossas escolhas, na porção imaterial de nossas células. Só que é arriscado adiar, porque o amanhã é incerteza, só o que temos é o hoje.
Dá para deixar para amanhã a academia, a manicure, a balada com os amigos, a compra de um jeans, um sapato, um computador ou um carro novo. Dá para deixar quase tudo para amanhã, menos dizer a quem amamos – que amamos. Não apenas no caso do amor romântico, mas em todo tipo de amor. Se pararmos para pensar, muito do que achamos inadiável é passível de prorrogação ou até mesmo desnecessário. Já o essencial, tanto protelamos, perdidos nos muitos supérfluos, que um dia pode ser tarde.
Tenho feito o exercício de reconhecer no traçado da minha vida as pessoas que me tornaram o que sou. Não apenas meus pais, mas gente que nem imaginava que tinha sido tão substantiva para mim, como a moça da livraria de Ijuí, para quem escrevi uma de minhas primeiras colunas – A história de Lili Lohmann.
Não somos em si. Somos para o outro. Só sabemos quem somos porque alguém nos reconhece. Quando olham para nós, mas não nos enxergam, é destruidor. Este olhar é violento porque nos atravessa. Já o olhar que nos reconhece faz com que nos tornemos melhores do que somos, para estar à altura de quem já nos vê melhores. Quando dizemos a alguém que é importante, que nossa vida é mais viva porque esta pessoa existe, ela também se redescobre pelo nosso olhar amoroso. E estas redescobertas de si mesmo são transformadoras – para quem vê e para quem é visto. Acho que vale a pena identificar quem são as verdadeiras celebridades da nossa vida – aquelas que podem ser anônimas para o mundo inteiro, mas não para nós.
Esta é uma época em que se fala muito. Quase todos falam o tempo todo. É difícil encontrar alguém para entabular uma conversa de silêncios. Muitas vezes as pessoas falam e falam, mas não é um diálogo. Não há uma troca, um dizer para o outro, para depois escutar o que o outro tem a dizer. Ao contrário, parece uma fala sem endereço. Mais um ato desesperado de manter-se falando para ter certeza de que existe. Acho que falamos tanto, nisto que a psicanálise chama de “fala vazia”, por falta de olhar que nos reconheça na singularidade do que somos. Algo como: já que ninguém diz que sou importante, então fico repetindo ao infinito que sou importante, para todos e para ninguém. Quando mais duvido, mais preciso falar.
Mesmo hoje, quando tantos escrevem na internet, em blogs e outras ferramentas, ainda que se fale por meio de símbolos gráficos, é uma fala – não uma escrita. Em muitos casos, a mesma verborragia para ninguém. Por isso acho importante que reabilitemos as cartas. Escrever é um exercício profundo de elaboração dos sentimentos e das ideias. Quando começamos, nunca sabemos para onde a escrita vai nos levar. Vamos nos descobrindo em letras, nos constituindo em palavras. E sempre, sempre mesmo, nos surpreendemos com o que escrevemos.
As cartas são sempre para alguém. Para existir uma carta é preciso que haja um endereçamento, é necessário nomear aquele para quem escrevemos. Ainda que em certo sentido sempre escrevamos para nós mesmos, a carta é obrigatoriamente para um outro. Pressupõe um diálogo. E é um diálogo de reconhecimentos mútuos.
Outra qualidade das cartas é que são para todos. Podemos não saber escrever um livro, um artigo, uma tese de doutorado, uma reportagem, poesia. Mas quem se alfabetizou sabe escrever uma carta. Porque na carta, mais importante que a habilidade com as palavras, é a capacidade de ser verdadeiro. A carta que nos emociona não é aquela que tem o melhor estilo, mas aquela que expressou com mais sinceridade os sentimentos de quem escreveu. É aquela que nos faz identificar o cheiro, os gestos, a voz e também as palavras de seu autor. A melhor carta é a encarnada. Para isso, não é preciso tornar-se um mestre das palavras, mas talvez algo tão ou mais difícil, mas que depende apenas de uma decisão interna: é preciso ter a coragem de ser.
É curioso como há livros de cartas para todos os gostos. Trocas de cartas entre intelectuais, antologias de cartas de amor de todos os tempos, cartas de fulano para beltrano, até no primeiro filme baseado no seriado americano Sex in the city, as cartas de amor faziam parte do enredo. Se há tantos livros é porque as pessoas gostam de cartas. Então por que não as escrevemos? Será que preferimos continuar falando sozinhos?
O computador e a internet estão aí para tornar ainda mais fácil a operação mecânica do processo. Não a efêmera e loquaz troca de emails, mas aquilo que faz de uma carta uma carta: a disposição de se abrir para o outro. Não qualquer outro, mas aquele que escolhemos como alguém importante o suficiente para dizermos algo a ele. Não o supérfluo, mas o essencial. É possível escrever uma carta por email, como é possível escrever uma carta por qualquer meio. Mas, em geral, usamos o email para falar tudo e qualquer coisa. Nas cartas, só escrevemos aquilo que precisa ser dito. Enviamos emails para qualquer um – cartas só escrevemos para os inscritos na nossa vida.
Eu mesma, que ganho a vida escrevendo, me surpreendi com minha carta de amor para meu pai. Penso sobre a relação com ele desde que me entendo por gente. E estou sempre me questionando sobre tudo. Descobri, porém, que “desconhecia” vários de meus sentimentos – e havia me “esquecido” de histórias capitais. Elas estavam em algum lugar de mim, mas até então eu não havia tido oportunidade de trazê-las à superfície e torná-las verbo.
Escrever ao meu pai foi um reconhecimento de sua importância na minha vida. Não no sentido laudatório, mas em tudo o que há dele em mim. Inclusive naquilo que preferia não carregar, até mesmo naquilo em que quero ser diferente dele. Afinal, todos sabemos – ou deveríamos saber – que só nos tornamos adultos quando superamos nossos pais para nos tornarmos nós mesmos.
Nascemos pelo desejo de nossos pais – e crescemos para buscar nosso próprio desejo. Ou, dito de outra forma, existimos por causa do desejo dos pais, mas só alcançamos uma existência autônoma quando assumimos o risco de nossa própria busca. Estes são os bons filhos. E os bons pais são os que esperam ser superados – e não apenas imitados. Superados não no sentido de que os filhos tenham de ser mais bem sucedidos nisso ou naquilo, mas no sentido de que os filhos descubram e construam seu próprio caminho no mundo.
Em minha carta ao meu pai, reconheço tudo o que há dele em mim, a extraordinária importância dele em mim. Mas, ao mesmo tempo em que foi um exercício de reconhecimento, também foi um exercício de diferenciação. Este é você e amo o que você é, até mesmo seus defeitos. Esta sou eu, grata por tudo o que há de você no meu percurso, mas autônoma na medida em que criei outras possibilidades a partir do que aprendi com você. Só podemos ser diferentes – algo muito valorizado em nosso tempo – quando assumimos que viemos de um determinado lugar. Para sermos diferentes temos de admitir a referência, já que só é possível ser diferente em comparação a um outro. Quando identificamos a originalidade do que somos podemos identificar com mais serenidade e justiça a herança de nossos pais. E brigamos muito menos com eles.
Cartas de amor existem para isso. Para reconhecer o outro, elaborar nossos sentimentos pelo outro, dizer aquilo que é importante o suficiente para ser dito. Mas, como todo diálogo verdadeiro, é uma troca. Quando conseguimos dizer ao outro de sua importância numa carta, damos muito – mas também ganhamos muito. Ser capaz de amar melhor tem um efeito fabuloso sobre a vida.
Quando começamos a pensar numa festa para comemorar seus 80 anos, meu pai não estava certo de querer celebrar. Disse isso em uma frase profunda: “Quando eu olho para trás, fico feliz com o que vejo. Mas, para frente, é incerteza”. Ele tem razão. Amanhã é incerteza. Para todos, mais ainda para quem completa 80. Na verdade, acho que, no caso de todos, e também no de meu pai, o que dá medo não é a incerteza – mas a certeza. É por causa da certeza da morte que tecemos a teia de sentidos da nossa vida. É por causa da delicadeza com que teceu sua vida que meu pai vai para o amanhã com a certeza de que amou bem – e é amado com o melhor do que somos.
Encerrei minha carta de amor ridícula ao meu pai na esperança de que ele compreenda que todo ponto final é chegada, mas também é partida: “Use este livro como ponto de chegada, um itinerário amoroso de sua vida pelos olhos nossos. Mas, depois, esqueça-o numa gaveta. E, como Fernando Pessoa, nasça mais uma vez para a eterna novidade do mundo”.
(Eliane Brum escreve às segundas-feiras.)

Quem pergunta o que quer?
Vamos ter muito cuidado com as nossas perguntas em diversas situações.
Vejamos o exemplo:
Lição fundamental : Jamais faça pergunta sem ter certeza da resposta!
Fato verídico acontecido em uma Vara da cidade de São Paulo na Inquirição em Juízo de um policial pelo advogado de defesa do réu, que tentava abalar a sua credibilidade.
Advogado: Você viu meu cliente fugir da cena do crime?
Policial: Não senhor. Mas eu o vi a algumas quadras do local do crime e o prendi como suspeito, pois ele é, e se trajava conforme a descrição dada do criminoso.
Advogado: E quem forneceu a descrição do criminoso?
Policial: O policial que chegou primeiro ao local do crime.
Advogado: Um colega policial forneceu as características do suposto criminoso. Você confia nos seus colegas policiais?
Policial: Sim, senhor. Confio a minha vida.
Advogado: A sua vida? Então diga-nos se na sua delegacia tem um vestiário onde vocês trocam de roupa antes de sair para trabalhar.
Policial: Sim, senhor, temos um vestiário.
Advogado: E vocês trancam a porta com chave?
Policial: Sim, senhor, nós trancamos.
Advogado: E o seu armário, você também o tranca com cadeado?
Policial: Sim, senhor, eu tranco.
Advogado: Por que, então, policial, você tranca seu armário, se quem divide o vestiário com você são colegas a quem você confia sua vida?
Policial: É que nós estamos dividindo o prédio com o Tribunal de Justiça, e algumas vezes nós vemos advogados andando perto do vestiário.
poiszé, tenham certeza das respostas...

segunda-feira, junho 28, 2010
O vampiro envelheceu - Fenômeno entre as adolescentes, Edward, o herói de "Eclipse", cresce – e avança sobre fãs mais velhos

Menos de um ano após a última mordida, os vampiros da saga Crepúsculo voltaram a atacar. E, ao contrário do que se espera de seres que não envelhecem, eles não param de crescer. Nascida como uma história infantojuvenil, a aventura da garota que se apaixona por um vampiro tornou-se uma marca multimilionária. O terceiro filme da série, Eclipse, consolida Crepúsculo como uma das franquias mais poderosas do cinema mundial.
O filme estreia em todos os países à 0h01 desta quarta-feira. No Brasil, serão 687 cópias. O número é justificado: no ano passado, cerca de 6 milhões de brasileiros foram aos cinemas para assistir a Lua nova – o dobro do público do filme anterior. Somados, os dois primeiros filmes da saga ultrapassaram a marca de US$ 1,1 bilhão arrecadados em todo o planeta, ante um orçamento de US$ 97 milhões.
Para Eclipse, a expectativa é de um êxito ainda maior. Repleto de cenas de ação e dilemas emocionais, o filme promete ampliar o público-alvo da série: além das apaixonadas fãs adolescentes, homens e mulheres adultos deverão se render ao filme da mesma maneira que foram fisgados pelos livros de Stephenie Meyer.
No filme, o conflito desenhado nos dois primeiros episódios se intensifica, e a heroína Bella Swan (Kristen Stewart) se vê forçada a tomar uma decisão entre seus dois pretendentes: o vampiro Edward Cullen (Robert Pattinson) e o lobisomem Jacob Black (Taylor Lautner). Ambos são figuras sobrenaturais, mas as semelhanças acabam aí. Quando não está metamorfoseado em lobo, Jacob passa por um garoto normal, com interesses (e paixões) de qualquer adolescente. Edward é um amante à moda antiga. Para conter a sede de sangue, é forçado a evitar um contato mais íntimo com Bella – ceder a seus desejos significaria perder o controle e colocar a vida da amada em risco. Bella propõe a solução: para consumar o amor, Edward deve transformá-la em vampira. Ele reluta: receia que a garota perca a humanidade e, mesmo que ela decida mudar de espécie, Edward não quer fazê-lo antes do casamento.
Ao mesmo tempo, a heroína enfrenta incertezas. Desistir da vida humana significaria abrir mão não só da mortalidade, mas também de sua alma. Seus desejos e pensamentos terrenos seriam substituídos pela forte compulsão por sangue, que ela só conseguiria conter depois de muito treinamento. Aproximar-se de seu pai e sua mãe seria expressamente proibido nos primeiros anos como vampira. Outra questão a preocupa ainda mais: o amor de Edward permaneceria após sua metamorfose em vampira?
A história reforça os valores tradicionais, personificados (ou vampirificados) na família Cullen, da qual faz parte Edward. Seu pai adotivo, o eternamente jovial doutor Carlisle Cullen (Peter Facinelli), salvou a vida de doentes contaminados pela Gripe Espanhola em 1918, mordendo-os e convertendo-os em mulheres e homens-morcegos. Ele ainda arranjou uma forma de civilizar os instintos dos “filhos”, impondo um regime à base de sangue fresco retirado de animais. Com isso, estancou o desejo assassino de suas criaturas. Edward é um jovem de 17 anos do início do século XX congelado na condição de vampiro “vegetariano”, como ele diz. Apesar de sua tez pálida de poeta tísico, seus valores são sólidos e seu amor por Bella inquebrantável.
A moça, agora com 18 anos (note bem: mortal, ela o passou em idade), já tomou algumas decisões: quer se entregar a Edward – e, portanto, perder a um só tempo a virgindade e a vida terrena. “Me transforme agora”, diz Bella. O vampiro, porém, se mostra irredutível. “Só depois do casamento”, diz, reagindo a um carinho da namorada. “Antes disso, temo por você.” E rapidamente contra-ataca, abrindo um sorriso: “Senhorita Isabella Swan, aceita minha mão em casamento? Sou da velha guarda”, diz ele. A garota ainda tem sangue nas veias e se derrete. “Velha guarda?”, diz. “Edward, estamos no século XXI. Você é arcaico!”
A cena surgiu em um sonho da autora Stephenie Meyer, de 36 anos. Hoje multimilionária, Stephenie era uma pacata dona de casa mórmon mãe de três filhos, leitora de ficção científica e romances de terror. Num inverno, sonhou com a ideia que alteraria sua vida: “Não era a cena clássica do vampiro que avança sobre a virgem numa noite de luar, mas quase o inverso: a donzela é que pede para ser mordida”, disse a autora a ÉPOCA.
Bem que o lobisomem indígena Jacob tenta seduzi-la com um amor quente e saudável. “Lutarei por você até que seu coração pare”, diz. “Ou mesmo depois disso...” Mas, depois de lhe pedir um beijo, Bella aparentemente prefere ser petrificada na instituição do casamento a experimentar uma paixão mundana. E assim se rende a Edward, o último baluarte da virgindade.
Ao mesmo tempo que enfrenta essas dúvidas, a heroína se vê diante de um perigo iminente. Recrutado pela vilã Victoria (Bryce Dallas Howard), inimiga mortal (ou melhor, imortal) dos Cullens, um exército de vampiros recém-criados passa a perseguir Bella para beber seu sangue. Ao contrário de Edward e familiares, os novos vampiros não sabem conter seus instintos. Compensam a inexperiência e ignorância com uma força extraordinária, muito maior que a dos vampiros comuns. A fascinante história dos vampiros “recém-criados” originou o primeiro derivado da série principal: o livro A breve segunda vida de Bree Tanner, que narra a história de uma vampira recém-criada que aparece brevemente no filme. A obra atingiu o primeiro posto na lista de mais vendidos no Brasil, superando o best-seller mundial A cabana – um sintoma da comoção pelo lançamento de Eclipse e a prova de que o universo de Crepúsculo tem potencial para se tornar tão amado quanto outros que o precederam, como Harry Potter e Crônicas de Nárnia.

Entidade - Alcione
Que o pior podesse acontecer
Mas você me encostou na parede
Pois bem vou lhe dizer
Eu me vi de repente num beco sem saida
Do teu coração banida
Resolvi não mais sofrer
Quantas vezes senti no teu corpo outro perfume
Mesmo ardendo de ciúme
Ainda assim me entreguei à você
E mulher como eu não se deve desencantar assim
Ela roda a baiana, incorpora
E depois não quer mais subir
Quem vive na corda bamba
Aprende a se equilibrar
E faz qualquer malandro na roda de samba sambar
Parece mentira parece bobagem
Depois disso tudo quem sofre sou eu
Tô vendo a baiana render homenagem
Fazendo feitiço pro homem que é meu
Será que a baiana é alguma entidade
Mulher da entidade do homem que é meu
Será que eu perdi minha identidade
Será que é ela será que sou eu

domingo, junho 27, 2010
Museu Nacional no Rio de Janeiro

THE KARATE KID - Official Trailer [HQ]

Justin Bieber - Never Say Never ft. Jaden Smith

Saiu no jornal Tribuna de Minas - Corte de árvores preocupa moradores
No Milho Branco, a reclamação dos moradores se deve ao corte de árvores no trevo de acesso ao Bairro Amazônia, na Rua Ivan Batista de Oliveira. Segundo a assistente financeira Jacqueline Resende, 33 anos, a retirada das espécies na quarta-feira deixou a população estarrecida. “Onde tinham seis árvores, agora está cheio de entulho. Queremos a limpeza e o reflorestamento do local no qual foi realizada tamanha devastação.” Ela afirma que os próprios moradores plantaram as árvores para aumentar o espaço verde e estão inconformados. “Parece que vão construir uma rotatória, pedimos que ela, pelo menos, tenha um canteiro que possibilite o plantio.”
A engenheira florestal e supervisora de arborização urbana da Agenda JF, Ana Maria Brandão Mendes, explica que o corte foi autorizado a partir de pedido da Settra, para a realização de alterações viárias. “As árvores eram ficus, e só uma tinha porte maior. Por considerar que havia interesse social nas modificações do trânsito, o corte foi permitido. Depois da conclusão das obras, se deixarem espaço para o canteiro, o replantio pode ser feito. Senão, precisará ser realizado em outra área.” Ana Maria diz que, nestes casos, não é viável realizar o transplante da espécie de um local para outro, porque a árvore sofre com o procedimento, e a chance de não resistir é grande. “Além disso, é uma operação difícil e caríssima.”
A Settra esclarece que haverá construção de rotatória no espaço, para possibilitar a redução de velocidade. Ainda segundo a pasta, o projeto tem o intuito de proporcionar mais segurança, foi desenvolvido a partir de pedidos dos moradores e aprovado pela SPM. No entanto, a estrutura da rotatória não permite o plantio de árvores na sua superfície.

quinta-feira, junho 24, 2010
O etílico
1ª fase: A alegria - você começa a rir de coisas idiotas e do cabelo do rapaiz que ta do lado!
2ª fase: Negação - apesar de você estar muito loco, você continua falando que está sóbrio
3ª fase: Amizade - você começa a ficar amigo de todo mundo: do barman, do mendigo, dos inimigos, do teu cachorro que vc chuto na noite passada
4ª fase: Cegueira - essa fase é muito perigosa pois nesse momento você já começa a achar todo mundo bonito, aquela mocinha que vc zuo um monte num dia passado..que parece o capeta soltando busca pé!
5ª fase: Invisível - nesse momento, você acha que está invisível e que ninguém está te vendo, portanto, faz cagadas achando que ninguém nem percebeu, quando na verdade todo mundo está te olhando e rachando o bico de vc!
6ª fase: Momento da verdade -perigoso pois você começa a dizer as verdades pra todo mundo, fala que o teu parcero eh um corno, fala que comeu a mae dele..esses tipo de coisas!
7ª fase: Nostalgia - nesse momento você chora dizendo que todo mundo ali é seu amigo do peito e não sabe o que faria sem eles, é nessa fase também
que as pessoas começam a ligar para os EX namorados querendo dá uma!
8ª fase: Línguas - é a hora de falar inglês, espanhol, aramaico, tupi, mendigues!
9ª fase: Depressão
10 ª fase: Depois de TODAS as merdas feitas, você nao se lembra de porra nenhuma...e isso eu dou um conselho bem pessoal, nao beba vodka nem tequila...moço a memoria nao funciona nem a pau!

Palavras ao vento - Pedro Bial
Com D , se chega à "dedução", o caminho entre o "se" e o "então"... Com D começa "defeito", que é cada pedacinho que falta para se chegar à perfeição e se pede "desculpa", uma palavra que pretende ser beijo.
E tem o E de "efêmero", quando o eterno passa logo; de"escuridão", que é o resto da noite, se alguém recortar as estrelas; e "emoção", um tango que ainda não foi feito. E tem também "eba!", uma forma de agradecimento muito utilizada por quem ganhou um pirulito, por exemplo...
F é para "fantasia", qualquer tipo de "já pensou se fosse assim?"; "fábula", uma história que poderia ter acontecido de verdade, se a verdade fosse um pouco mais maluca; e "fé", que é toda certeza que dispensa provas.
A sétima letra do alfabeto é G, que fica irritadíssima quando a confundem com o J. G, de "grade", que serve para prender todo mundo - uns dentro, outros fora; G de "goleiro", alguém em quem se pode botar a culpa do gol; G de "gente": carne, osso, alma e sentimento, tudo isso ao mesmo tempo.
Depois vem o H de "história": quando todas as palavras do dicionário ficam à disposição de quem quiser contar qualquer coisa que tenha acontecido ou sido inventada.
O I de "idade", aquilo que você tem certeza que vai ganhar de aniversário, queira ou não queira.
J de "janela!, por onde entra tudo que é lá fora e de "jasmim", que tem a sorte de ser flor e ainda tem a graça de se chamar assim.
L de "lá", onde a gente fica pensando se está melhor ou pior do que aqui; de "lágrima", sumo que sai pelos olhos quando se espreme o coração, e de "loucura", coisa que quem não tem só pode ser completamente louco.
M de "madrugada", quando vivem os sonhos...
N de "noiva", moça que geralmente usa branco por fora e vermelho por dentro.O de "óbvio", não precisa explicar...
P de "pecado", algo que os homens inventaram e então inventaram que foi Deus que inventou.
Q, tudo que tem um não sei quê de não sei quê.
E R, de "rebolar", o que se tem que fazer pra chegar lá.
S é de "sagrado", tudo o que combina com uma cantata de Bach; de "segredo", aquilo que você está louco pra contar; de "sexo": quando o beijo é maior que a boca.
T é de "talvez", resposta pior que ´não`, uma vez que ainda deixa, meio bamba, uma esperança... de "tanto", um muito que até ficou tonto... de "testemunha": quem por sorte ou por azar, não estava em outro lugar.
U de "ui", um ài" que ainda é arrepio; de "último", que anunciao começo de outra coisa; e de "único": tudo que, pela facilidadede virar nenhum, pede cuidado.
Vem o V, de "vazio", um termo injusto com a palavra nada; de "volúvel", uma pessoa que ora quer o que quer, ora quer o que querem que ela queira.
E chegamos ao X, uma incógnita... X de "xingamento", que é uma palavra ou frase destinada a acabar com a alegria de alguém; e de "xô", única palavra do dicionário das aves traduzida para o português.
Z é a última letra do alfabeto, que alcançou a glória quando foi usada pelo Zorro... Z de "zaga", algo que serve para o goleiro não se sentir o único culpado; de "zebra", quando você esperava liso e veio listrado; e de "zíper", fecho que precisa de um bom motivo pra ser aberto; e de "zureta", que é como fica a cabeça da gente ao final de um dicionário inteiro.


quarta-feira, junho 23, 2010
Revoltante, crueldade

domingo, junho 20, 2010
Brasil despacha a Costa do Marfim por 3 x 1 e vai direto para as oitavas de final

Os gols marcados por Luis Fabiano (duas vezes) e Elano fazem do Brasil o segundo país classificado para as oitavas de final da Copa do Mundo, depois da Holanda, e o terceiro a conseguir 100% de aproveitamento, junto com holandeses e argentinos. A primeira colocação do Grupo G pode ficar garantida já nesta segunda-feira, em caso de empate entre Portugal e Coreia do Norte, que se enfrentam às 8h30m. O Brasil, que foi a seis pontos, enfrenta na última rodada os portugueses, que por enquanto têm um. Os africanos, que ficaram estacionados em um ponto, encaram os coreanos (que têm zero). Os dois jogos serão realizados ao mesmo tempo, às 11h de sexta-feira.
Se contra a Coreia do Norte o Brasil demorou a criar um lance de perigo, no jogo deste domingo ele surgiu com menos de um minuto. Robinho puxou contra-ataque, após tabela com Kaká, e arriscou de longe - sem tanto perigo - em vez de tentar o passe para Luis Fabiano, mais bem colocado pela esquerda. O que parecia um bom sinal, entretanto, transformou-se em exceção nos primeiros 20 minutos.
Foi da Costa do Marfim a iniciativa do jogo. Ela não mostrou a mesma retranca do empate por 0 a 0 com Portugal e foi além: avançou a marcação para combater a saída de bola da seleção e dominou o meio-campo. Kaká foi desarmado duas vezes logo no começo, e os brasileiros, que davam a impressão de estarem perdidos, cometeram seis faltas em 14 minutos.
Com dificuldade para dominar a bola e tocá-la no meio-campo, a seleção recorreu a um corta-luz para conseguir sua primeira jogada bem trabalhada na partida, somente aos 19 minutos. Elano abriu as pernas e deixou a bola passar na direção de Maicon, que errou no cruzamento. Se não levou perigo, o lance ao menos serviu para deixar a seleção um pouco mais à vontade no jogo.
Seis minutos depois, veio o gol de Luis Fabiano. A jogada teve início com Robinho mais recuado e teve sequência com um calcanhar nem tão certeiro de Luis Fabiano e um bom passe de Kaká. O atacante tomou a frente de seu marcador e, na cara do goleiro, soltou a bomba: 1 a 0. Na comemoração, fez o número 6 com as mãos - uma homenagem ao aniversário da filha e, coincidentemente, o número de partidas que passou em branco. Havia marcado pela última vez contra a Argentina, em setembro do ano passado.
O gol não pôs o Brasil no caminho do bom futebol. Os erros de passe continuaram acontecendo, somados a falhas bobas no domínio de bola. O nervosismo do time parecia contagiar Dunga, que reclamou da arbitragem e passou o primeiro tempo brigando com o microfone próximo à área técnica, até arrancá-lo do gramado e colocá-lo atrás do banco.
A seleção não conseguiu criar lances de perigo, concluindo apenas uma vez no gol, mas por outro lado mostrou solidez defensiva, com boas atuações de Lúcio e dos volantes Gilberto Silva e Felipe Melo. Com isso, a Costa do Marfim obrigou Julio Cesar a fazer apenas uma defesa em 45 minutos, num chute forte de Yaya Touré.
A segunda etapa começou com forte marcação da Costa do Marfim e o Brasil recorrendo a uma jogada individual para fazer 2 a 0. Com uma ajudinha da arbitragem, é verdade. Luis Fabiano dominou a bola duas vezes no braço, e entre elas deu dois balões em adversários, chutando para a rede. Enquanto voltava para o seu campo, uma cena curiosa: foi abordado pelo árbitro francês Stephane Lannoy, que, sorrindo, quis saber se ele dominara com o peito ou com o braço. Luis Fabiano não teve dúvida: sério, apontou para o peito. E ouviu seu nome ecoar no Soccer City.
Com exceção de uma cabeçada perigosa de Drogba, a defesa continuava sem grandes sustos. E no ataque o time já encontrava espaços para tocar a bola. Kaká deu um chute perigoso, após passe de Robinho. E no minuto seguinte, aos 17, o meia fez boa jogada pela ponta esquerda, cruzando rasteiro para a conclusão de Elano: 3 a 0.
Nervosos com os 3 a 0 da seleção brasileira, os marfinenses começaram a abusar das faltas. Além da entrada dura de Tioté em Elano, que saiu carregado de campo, aos 30 minutos, Keita fez falta violenta em Michel Bastos e levou o cartão amarelo. Até mesmo quando sofriam falta, a reação era um braço aqui, outro ali.
Como aconteceu com Kaká e Yaya Touré. O meia brasileira entrou forte no jogador da Costa do Marfim, mas ficou irritado com a mão na nuca que recebeu. Entregue em campo, o time africano ainda conseguiu arrumar espaço para diminuir. Aos 33 minutos, Drogba recebeu ótimo lançamento de Yaya Touré e marcou de cabeça.
Soberano na defesa, o Brasil não se assustou com o gol marfinense e continuou tocando a bola com tranquilidade. Detalhe negativo apenas que esse foi o primeiro gol que a seleção brasileira sofreu de uma equipe africana em Copas do Mundo. Nos outros cinco confrontos que existiram, um triunfo por 1 a 0 e quatro por 3 a 0.
Aos 39 minutos, Kaká deu um empurrão em Keita, com o jogo parado, e foi punido com o cartão amarelo. Por outro lado, o juiz mantinha uma postura tranquila diante das força excessiva dos africanos. Sobrou, então, para o Brasil. Aos 42 minutos, Keita caminhou em direção a Kaká, que deixou o corpo duro e se protegeu.
O braço do camisa 10 do Brasil chegou realmente a pegar no peito do marfinense, mas não com violência. Só que Keita caiu no gramado e colocou a mão no rosto. O árbitro, então, entendeu que Kaká merecia mais um amarelo. Aplicou e em seguida o expulsou de campo, para irritação do técnico Dunga. Agora, Kaká está fora da partida da próxima sexta-feira, contra Portugal, em Durban. Pelo menos o Brasil já está classificado às oitavas de final.

sexta-feira, junho 18, 2010
Morre meu ídolo
MADRI (Reuters) - O escritor José Saramago, primeiro Prêmio Nobel português, morreu nesta sexta-feira em sua casa aos 87 anos, informou a editora que publica os livros do autor na Espanha, a Alfaguara.
O autor, cuja frágil saúde provocou temores sobre sua vida há alguns anos, publicou no final de 2009 seu último romance "Caim", um olhar irônico sobre o Velho Testamento, muito criticado pela Igreja.

quinta-feira, junho 17, 2010
Eu mesma.


terça-feira, junho 15, 2010
Passaportes terão chip eletrônico a partir de dezembro

As dez digitais, a foto e a assinatura ficarão armazenadas no chip. Sistema já usado na União Europeia e nos Estados Unidos vai aumentar o preço do documento
Os passaportes comuns emitidos pela Polícia Federal terão chip eletrônico a partir de dezembro, tecnologia já adotada por países da União Europeia, Japão, Austrália e Estados Unidos. O novo documento será mais seguro que o atual, emitido desde dezembro de 2006. O passaporte com chip vai custar quase o dobro para a PF, segundo o gerente de Logística, Rogério Galoro.
O Ministério da Justiça, responsável por determinar os valores do documento, confirmou que a taxa de emissão vai aumentar, mas o porcentual não foi definido. Segundo a pasta, "não será um aumento exorbitante". Quando o modelo mudou, há quatro anos, a taxa aumentou de R$ 89,10 para R$ 156,07. Por dia, a Casa da Moeda emite de 5 mil a 6 mil passaportes comuns.
A cor azul, padronizada para países do Mercosul, será mantida no novo passaporte, que terá um símbolo na capa indicando a presença do chip. As dez digitais, a foto e a assinatura ficarão armazenadas nele. Inserido na contracapa, não ficará exposto e a leitura será feita por radiofrequência. A página com informações do passageiro ainda será enrijecida. "E o chip é travado, ninguém consegue alterar os dados. Além disso, pode ser lido por qualquer autoridade de imigração do mundo", afirma Galoro.
A PF vai começar, ainda neste ano, a compra de guichês de imigração automáticos que fazem a leitura do chip do passaporte e a análise biométrica do passageiro. Essa prática deverá reduzir as filas nos principais aeroportos. A PF define ainda este mês se vai testar, em Brasília, o chamado 'e-gate'. O governo de Portugal, que adotou o sistema em 2007 em seus aeroportos, se dispôs a emprestar dois exemplares do equipamento ao Brasil para os testes.

Disney proibida pra menores


segunda-feira, junho 14, 2010
Treze passos quando se termina um romance...
Treze passos para sobreviver a final de um romance.
1- Nada de sair ficando com qualquer um(a) quando estão feridas as pessoas tendem a superar um amor com outro amor. Na minha singela opinião isso é uma tremenda balela. Devemos ficar com as pessoas por quê estamos afim de tê-las ao nosso lado e não para suprir uma carência, pois isso gera comparações e quando as expectativas não são atendidas o sentimento de vazio é potencialmente aumentado. Não vale a pena!
2- Cuide-se, vá malhar (não tem dinheiro para academia? Vá caminhar no parque o visual do lugar é lindo e está cheio de pessoas bonitas e saudáveis). Já dizia o poeta, jardim bem cuidado atrai muitas borboletas. O corpo é a casa do espírito, e nosso dever é mantermos nossa casinha sempre limpa e arrumada só assim estaremos bem para quando o acaso nos trouxer outra história linda.
3- Leia bons livros (Os antigos são os melhores, 90% de tudo o que é lançado hoje em dia são apenas reinvenções). Ok, já sei que alguns me dirão que estão sem dinheiro para comprar livros, lembro-vos que qualquer cidade do mundo tem bibliotecas públicas e, eita lugar bão (momento minerez) para conhecer pessoas interessantes.
4- Se tu moras em alguma capital/ou até mesmo interior aproveite para conhecer bem a sua cidade, sozinho ou com amigos isso sim é um programão. Aposto que você não conhece todos os museus/cachoeiras/praias e parques ecológicos que existem na sua cidade...
5- Nada de ficar em casa chorando, saia de casa e procure sempre companhias agradáveis. Sabe aquele(a) sua amigo(a) que também está com dor de cotovelo? Ignore-o(a) pelo menos por um tempo. Isso mesmo ande com pessoas animadas e quando você estiver curado(a) aí sim você poderá voltar a andar e quem sabe aconselhar essa pessoa. Egoísmo isso? Talvez. Mas eu pergunto: quando foi que um doente curou outro?? Imagine a cena duas pessoas sentadas bebendo e chorando com dor de cotovelo... Tá, se forem sair com um grupo de amigos animados pode mas só neste caso!
6- Vá para a balada?! É uma opção... Só não sei se é a melhor pois balada é muito bom quando estamos bem e dispostos. Repito que tudo depende muito das companhias às vezes é melhor ficar em casa lendo um bom livro ou assistindo a um bom filme. Confesso que já aconteceu de eu ir para a balada e voltar mais triste ainda. Penso que para curtir tem que estar no clima. E é muito importante sair de casa sem expectativas de conhecer alguém, de encontrar o príncipe ou princesa encantado(a). Rscolha bons programas como teatro de comédia tipo: Melhores do Mundo ou G7 mas nunca se isole.
7- Evite os lugares que você e seu antigo (isso mesmo já acabou e é passado) amor frequentavam, para quê ficar revivendo e relembrando algo que já acabou? Não faz o menor sentido toque tua vida para frente o mundo gira, temos que girar também se não perdemos o equilíbrio.
8- Faça algum curso, isso mesmo ocupe-se. Já dizia minha boa avozinha “Cabeça vazia oficina do diabo” num curso de culinária, curso para concursos, num curso de origami, de dança, de história da arte, de idiomas, ate quem sabe um curso de pollydance (risos) curso você além de ocupar sua mente criando novos saberes conhecerá outras pessoas e aumentara seu leque de relacionamentos.
9- Invista em você comece a planejar a sua próxima viagem, não gosta de viajar? Quem sabe não começa agora aquele curso de idiomas/pós ou mestrado que sempre quis fazer e tem adiado... A questão toda é sua vida não pode parar porquê alguém lhe deu um fora há tanta vida aqui no mundo real.
10- Renove seu guarda-roupas, doe as roupas que você não usa mais, ou reinvente-as. Sempre temos roupas paradas ocupando espaço em nossas gavetas. Mude a cor e o corte de cabelo.
11- Evite falar do ex, sua vida não resume-se a somente esse capítulo aposto que você tem ótimas coisas para nos relatar.
12- Antes de chorar por um amor perdido lembre-se dos menos favorecidos. Acreditem o trabalho voluntário é uma coisa que sim pode nos fazer muito felizes. Vá distribuir sopa para os moradores de rua acha perigoso? Você também pode procurar um orfanato ou lar dos velhinhos que sempre estão precisando de ajuda.
13- Por fim lembre-te que antes de conhecer o(a) seu(sua) ex, você tinha uma vida e vivia muito bem obrigada! Não precisa deste(a) cidadão para continuar vivendo. Retome sua vida e seja muito feliz!
Espero ter ajudado. Já usei essas técnicas, comigo funcionou. Sei que muitos dirão: Falar é fácil!
Eu respondo perguntando:
Custa tentar? O que você tem a perder?

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