sábado, outubro 17, 2009

Você ainda tem sangue para eles?


Ponha a culpa na escritora americana Stephenie Meyer, autora da saga Crepúsculo. Seu sucesso – nos livros e no cinema – tirou dos túmulos os vampiros de The vampire diaries, série que estreará no dia 22 na Warner. A premissa da trama – o romance entre um vampiro e uma humana no colegial – é igualzinha à do casal Bella e Edward no primeiro capítulo de Crepúsculo. Curiosamente, os livros de L.J. Smith que originaram Vampire diaries começaram a ser publicados 14 anos antes de Stephenie Meyer iniciar sua saga.
Mesmo tendo nascido depois, o crepúsculo de Meyer é a aurora da nova série televisiva. Não fosse o sucesso de sua adaptação para o cinema, em 2008, dificilmente teriam saído das sombras produções vampirescas que vão do cult, como Deixa ela entrar, ao humor, a exemplo de Matadores de vampiras lésbicas, que estreará no dia 30. Nem na televisão The vampire diaries é a primeira a chegar. Ela terá de disputar espaço com a série True blood, baseada nos romances da escritora Charlaine Harris, em que um sangue sintético parece aumentar ainda mais o sex appeal dos mortos-vivos.
Em comum, as duas séries e a saga de Meyer têm a sensualidade e, com a descoberta de fontes de alimentação diferentes do pescoço humano, o surgimento de um tipo que agradou ao público: o vampiro bom moço.
“Crepúsculo é uma grande metáfora da abstinência”, diz Julie Plec, corroteirista do programa, lembrando que ali um vampiro poderia machucar a namorada humana durante o ato sexual. Kevin Williamson, também corroteirista de Vampire diaries e autor do filme Pânico e da série adolescente Dawson’s creek, completa: “E nós definitivamente teremos sexo”. Williamson não quer dizer com isso que The vampire diaries terá cenas picantes na mesma frequência e intensidade que True blood, mas, assim como em Dawson’s creek, esse será um assunto abordado pela trama de maneira mais livre e real.
A narrativa começa quando a adolescente Elena Gilbert (Nina Dobrev) conhece Stefan (Paul Wesley), que, como ela, é órfão e mantém um diário. Os dois se apaixonam, mas o romance mestiço é abalado pelos crimes que assombram a cidade onde os dois vivem e pela presença do irmão mais velho de Stefan. Damon (Ian Somerhalder) pretende com todas as forças seduzir Elena e infernizar a vida do irmão – tudo parte de uma rixa entre os dois que já dura mais de um século.
Se Stephenie Meyer sugou mesmo o sangue da saga de L.J. Smith, foi um plágio benfazejo. Certamente The vampire diaries continuaria apenas como um sucesso da literatura jovem dos anos 1990 não fosse Crepúsculo. Com a produção da série, os livros de L.J. Smith voltaram à lista dos mais vendidos, e o episódio da série deu ao canal americano CW sua maior audiência em uma estreia, com quase 5 milhões de espectadores. Para Julie Plec, o sucesso vem principalmente de uma cultura jovem que, já faz algumas décadas, se acostumou a acompanhar séries que falam de sua geração, como Barrados no baile, no começo dos anos 1990. “Além dos vampiros, temos, em nosso programa, o que Dawson’s creek, de Williamson, apresentou no fim dos anos 1990: a cultura adolescente da atualidade, o amor jovem e a amizade leal.”

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