sábado, agosto 27, 2011

Quando é hora de trocar… senhas!?


O quê!? Ele com a sua senha, você com a dele? É isso? Uma total comunhão de e-mails e redes sociais? Sério!?
Nunca! Jamais!
Moças, moças… A suprema alegria de ser ignorante! A suprema paz de não saber! Não saber é que é ser feliz! Sim, sim! A pureza de fazer a mínima ideia da folha corrida de uma mulher. De nunca ter escutado um pingo, um nada. Ô yes!
“Ai, João… Que bobagem, que infantil! Que horrível! O MEU namorado, não! Ele não tem dessas coisas…! Ele é um lindo, ele é um fofo, ele super bem resolvido…”
… olha, ele pode ser mesmo. Ele pode varrer a praia e diria até que consegue botar um suspensório na cobra, mas, numa boa, vamos dar um bom dia aqui ao meu amigo sol e a sua senhora, a vida real. Quer uma verdadezinha escondidinha sobre o seu amor?
Anota aí, por gentileza: um bom macho é uma lapiseira! Uma lapiseira, meninas. Na cabeça, há uma borracha. E essa borracha vive a ingrata tarefa de apagar os vestígios da sua existência anterior. Mesmo sabendo que passar esse branquinho no seu passado é impossível.
Dito de outro jeito: todo homem, todo mesmo, no fundo pratica o diário exercício da amnésia.
O tema é delicado, cheio, lotado de nuances. Na cuca do macho, a trilha dos seus antigos romances segue um caminho: a meta é nunca conhecer. E conhecendo, que seja o menos possível. E até esse pouquinho, se der, esquecer. Busquemos, pois, a máxima ignorância! Tenhamos, portanto, uma vida mais mineral, menos animal. Sejamos, enfim, pedrinhas. Uma rocha imune a vento e a ex-namorado.
VAMOS ENTENDER?
Ó, não tou dizendo que ninguém pode confiar no outro e que não existam homens capazes de lidar com um passado. Ou que as pessoas devam fingir que todo mundo é virgem. Ou mesmo que nunca se deve revelar a existência de um ex ao atual. Até pode. Mas com extremo cuidado, com delicadeza e bem aos poucos.
Acesso total, jamais!
Porque é viciante! Homens e mulheres são irresistivelmente atraídos ao passado do companheiro. Não tem jeito. É da raça. O ponto é que um homem vai além. Ele sempre quererá saber o que você foi, o que você fez. E, acima de tudo, com quem e como você fez. É um inferno! Aberta a portinha, o cara mergulhará sem dó nessa piscina sem água.
Aí surge a internet! Diálogos, fotos, cantadas, tudo guardado numa caixa de entrada. Aí surge a intimidade! Com ela, nasce o pavor de que as travessuras de antigos calendários apareçam como uma crise de ciúmes insuperável. Você dê a ele a senha seu e-mail como um gesto de confiança e não dou dois minutos pra que o sujeito comece a suar frio de antecipação. Por fora, ele será todo sorrisos. Por dentro, vai acariciar os dedos com a imensa vontade de que você vá pentear um macaco louro ali na rua, por uns quinze minutos. Só quinze minutos, enquanto ele se dedica a preencher o campo de busca da sua conta com as seguintes palavras-chave:
“Te amo”
“Transa”
“Sexo”
“Saudade”
“Gozei”
“Você foi o melhor”
“Pra sempre”
HOMENS TAMBÉM FUÇAM
É! Ele vai procurar isso. E também vai cavar todas as mensagens dos caras que já tiveram algo contigo. Irá, por fim, ao ápice: vasculhar as mensagens enviadas pelos caras de quem eles desconfiam! Pode acreditar. Já ouvi isso das maiores fontes.
Capaz que ele resista por uns tempos. “Pô, lindo isso de ela acreditar em mim! Vou respeitar! Vou respeitar! Jamais trairei essa confiança etc etc”. Mas na primeira crise, diante de qualquer nesga de ciúme, o menino vai fritar a barreira moral. E sua conta será dedicadamente lambuzada e esmiuçada. Vai que ele nada encontre de suspeito, de grave. Moças, até um recado inocente a uma amiga, falando que fulano é um gato (coisa que todo mundo faz, homens e mulheres comentam o tempo todo, sobre tudo…), isso, lido num e-mail, inicia as maiores fogueiras.
Ah, meninas, eu realmente não acredito que algum casal cogite tamanha jequice.
Trocar senhas…
O que dizer?
Dizer apenas que eu tenho um jerico. E o meu doce e gorducho jerico está bem aqui ao lado, no jardim, urrando grandes ideias…

Um comentário:

  1. Na verdade este post foi intencionalmente colocado aqui para o Edmilton, então leia meu caro.
    Cleo

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