quinta-feira, dezembro 23, 2010

Just like heaven


Nem é porque é quase Natal, que senti essa vontade compulsiva de escrever aqui hoje. E sabe lá se alguém lê esse blog. Pra falar a verdade nem sei quem são essas pessoas que o visitam todo dia. Elas nunca deixam comentário ou qualquer tipo de manifestação que estiveram aqui. Simplesmente não dizem nada.

Isso aqui era pra ser algo meu, só meu, excluivamente pessoal, mas tomou dimensão. Já até me definiram erroneamente por algumas coisas que eu escrevi: meus desabafos pessoais. Hoje é mais um desses desabafos pro mundo ouvir.

Eu cansei de ser triste, mas não consigo ser alegre. Me falta tudo na vida. Eu sou a pessoa mais miserável que existe. E não tem essa de que eu tenho um teto pra morar ou algumas roupas pra vestir. Isso não é nada. O que um adulto deveria ter, eu não tenho. Cadê as minhas oportunidades na vida? Será que fui cega demais para não vê-las? Ou nasci na família errada? Ou escolhi errado todos os meus caminhos? Não sei o que pode ter dado errado. Sempre agi certo com todo mundo, ou pelo menos achei que tinha agido certo com elas. Vai saber!

Natal do ano passado, foi uma coisa triste demais. Eu estava apaixonada, enlouquecida por alguém. Não deu certo. Fui até humilhada por ele quando disse que não tinha combinado de passar essa data comigo. Enfim, já é outro Natal e essa mesma pessoa me diz que está vindo pra minha cidade. Por que dizer que está vindo para onde eu estou e me dizer? Será que é para me deixar informada de que vai estar aqui, ou é pra dizer de novo que não combinou de passar o Natal comigo? De qualquer forma, nunca gostei dessas festas bestas de fim de ano. Nunca ganhei presente de ninguém. E olha que eu já dei muitos. Palhaçada!!! É palhaçada o que eu ouví de um gringo todo feliz: its christmas time --magic happens this time of year .

O que me deixa mais triste é não existir pra minha tosca família. Existem porta -retratos com fotos de todo mundo pela casa, menos uma foto minha. Eu não existo pra eles. Eu não consigo me lembrar quando foi que eu morri. Mas eu sei quando me mataram. Quando tiraram de mim todos os meus sonhos de querer crescer: eu, num quarto presa dia e noite estudando sozinha(auto didata), pq nao tinha como pagar um cursinho, estudando pra passar numa prova de vestibular, porque eu acreditava que estudando eu mudaria meu destino, e alguém escreve na minha porta a palavra LOUCA. É... quando se tem apoio nada é impossível. Pra mim a vida não me deu apoio.


O tempo passou. Já sou uma mulher adulta faz tempo. E nada aconteceu. E ainda acho alguém pra dizer que eu poderia ser grande. Queria saber como... como? Porque ninguém pode dizer que eu não tenha lutado, porque eu lutei, eu tentei... eu tentei muito. Fiz coisas que eu nao queria. Passei fome, perdi noites sem dormir. Me humilhei e fracassei. Agora eu desisto. Não aguento mais.












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