quarta-feira, dezembro 08, 2010

Família Oliveira


Família antiga, cujo membro mais remoto que se conhece é Pedro de Oliveira, casado com Elvira Anes Pestana, filha de João Pestana, o Moço, do qual teve: D. Martim Pires de Oliveira, arcebispo de Braga, que instituiu o morgado de Oliveira no ano de 1350 para seu irmão Pedro e deixou geração ilegítima; Pedro Pires de Oliveira, administrador do morgado de Sobrado ou de Vale de Sobrados, que instituiu e nele nomeou D. Rodrigo, bispo de Lamengo, filho de seu tio D. Martinho, e que se recebeu com D. Mor Mendes, de quem deixou filhos; Mem Pires de Oliveira, nomeado em primeiro lugar para administrar o vínculo de Oliveira, casou com Guiomar Martins, filha de Martim Pires Podentes e de D. Teresa Martins, com geração; D. Usenda de Oliveira, mulher de Afonso Anes de Brito, o clérigo de Évora, Maria Pires, casada com Lourenço Pires de Soalhães; João Pires, que sucederia na administração do vínculo de Oliveira, depois de extinta a linha do primeiro chamado; e Teresa Pires. O solar desta família é no Paço de Oliveira, freguesia de Santa Maria de Oliveira, no termo de Arcos de Valvedez.




BRASÃO DE ARMAS




Uma das famílias Oliveira teve suas armas de brasão vermelho, uma oliveira de verde. Modernamente, e decerto para as fazer condizer com as tais regras, passaram a ser: de vermelho, uma oliveira de verde, perfilada e flutuade de ouro e arrancada de prata. Timbre: a oliveira do escudo.

Pareceria óbvio e simples pensar que os primeiros Oliveira simplesmente plantavam olivas, mas a longa história é que, poucos anos antes de 1500, os judeus foram expulsos da península ibérica. Os reis da Espanha e Portugal lhes "concederam" a possibildade de converter-se ao cristianismo para poderem ficar. Muitos foram embora, mas os que optaram por ficar mantiveram os costumes judaicos, adotando somente aparências cristãs, como por exemplo mudar de sobrenome. Na forma, deixaram de ser judeus, mas no fundo seguiam sendo. Chamaram-se a partir de então: sefarditas ou sefardin (diz-se que Sepharad seria uma região asiática antiga). Os sefarditas eram na verdade judeus que perderam seus nomes, mantendo os costumes religiosos dentro de casa somente. Seus sobrenomes passaram a ser cristãos (como Santa Maria, Espirito Santo, Sant'Anna) ou traduções de seus sobrenomes judeus, os quais podiam ser derivados de ocupações (Pescador, Pastor), nomes de animais (Leão, Baratoa, Carneiro) e nomes de plantas (Pereira, Laranjeira, Oliveira). Desconheço se realmente eles seriam agricultores na Península Ibérica; o que parece mais provável é que o fossem vários séculos antes, quando as famílias ainda estivessem na Ásia.

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