quarta-feira, julho 27, 2011

Sou a segunda na vida de alguém


Baladinha de sexta à noite num Pub que você curte, tocando as canções que você sabe cantar e ainda por cima acompanhada do cara que você queria que estivesse com você.



O beijo é excelente. Daqueles que você não tem vontade de desgrudar sua boca da dele, mas que ocasionalmente é interrompido por um gole de cerveja no gargalo, ou por uma conversa desprendida de moralismo.



Você fala no ouvido dele que está com vontade de fazer um carinho que não poderia ser feito naquele lugar e os ânimos aumentam, grudando novamente aquelas bocas que brincam de beijar, mordiscando lábios superiores e inferiores, alternando entre chupadelas de línguas quentes salientes e gemidos tímidos.



O beijo é interrompido por abraços apertados, onde os corpos ardentes exalam o cheiro da vontade crescente. Olhos se encontram e a boca diz que você é a segunda mulher dele. Como assim a segunda mulher? Bem, você é a segunda mulher que ele leva pra cama. Por instantes você para a pensar no propósito em saber deste segredo. Por que raios ele quer que você saiba disso?O mais óbvio motivo é porque ele quis se defender por não transmitir nenhuma DST a você.  Entretanto, dizer à segunda pessoa com quem você transou na vida, que ela é a segunda, é algo tão significante quanto ter deixado de ser virgem.

Explico por que.



Cheguei a esta conclusão ao me lembrar do meu SEGUNDO. Puxa vida! Quando você tem um relacionamento com alguém há anos, cheio de cumplicidade e descobertas, dedicação, carinho, brigas, enfim, todo o processo de namoro. Dentre eles todas as experiências sexuais cabíveis, possíveis, impossíveis, até serem realizadas por vocês dois, o próximo passo é saber como é com outras pessoas.



Cada um tem seu “ritual de passagem” para a segunda pessoa. Geralmente os homens tendem a se relacionarem com outra mulher, ainda comprometidos. As mulheres costumam se deixarem levar depois de um rompimento. Após terem passado pelo processo de tomar coragem, ou “seja lá o que Deus quiser”, para saber como é se “entregar” a outro toque.



Se me recordo bem, comigo foi meio frustrante, porém importante. Tanto que eu disse a ele que ele era meu segundo.



Entre idas e vindas. Brigas e retomadas com o primeiro namorado, o fim inevitável veio. Anos depois é que fui entender essa coisa de “experimentação”. Contudo, retomando ao SEGUNDO, eu senti a necessidade em dizer que ele foi o segundo. É uma coisa do tipo: se eu não fizer certo, me perdoe, não estive com outro além do meu PRIMEIRO.   



O interessante foi que ele se passou pelo cara mais compreensivo do mundo e não insistiu quando eu pedi pra parar. Céus! Não devia dizer isso aqui, mas entrei em prantos e o cara nem sabia o que fazer comigo. Que bobagem. Ele me levou para casa.



Retomando ao dia que fiquei sabendo que fui a segunda na vida de alguém, vejo que não faz muito sentido alguém dizer que você é o segundo. Nem sei se isso é importante mais. Eu fiquei ali, pensando se deveria dizer alguma coisa. O que eu teria que dizer? Será que eu teria que mostrar o quão experiente eu sou e ter que ensinar? ENSINAR, não é bem a palavra, porque o cara já tá pronto. E muito bem, diga-se de passagem. A questão é que eu sempre serei lembrada como a SEGUNDA. A primeira mulher depois da MINHA NAMORADA. Talvez essa seja a importância. Talvez o SEGUNDA, seja a passagem para a terceira, quarta e por aí vai. Da terceira em diante, não faz mais diferença. Ou quem sabe eu seja apenas a outra e ele fique com a primeira.


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