segunda-feira, outubro 08, 2018

O Tarot e a Psicologia

Ψ Jung e o Tarot - Uma Jornada Arquetípica

- O Tarô é um dos espelhos do  pensamento inconsciente. 

- Cada uma das cartas do Tarô é uma mensagem da mente universal, cujo significado nem sempre é claro para o homem moderno, que jogou fora seus mitos ao querer interpretá-los literalmente. 

- Os arquétipos não são literais, são mensagens do inconsciente. Mas, como nossa mente inconsciente está divorciada do consciente, essa mensagem se perde. 

- Freud desenvolveu sua teoria psicanalítica em torno dessa premissa, usando a livre associação e análise de sonhos para localizar e trazer o material do inconsciente para lidar da melhor forma com a realidade.

- Jung ainda identificou o que chamou de "inconsciente pessoal", como diferente do que ele chamou de "inconsciente coletivo", esse expressa em uma linguagem simbólica universal.  

- Em Psicologia nós utilizamos testes psicológicos - técnicas projetivas, como o *Rorschach, *HTP ( casa, árvore e pessoa), *TAT  (teste de apercepção temática).
  ...  onde o sujeito conta uma  história sobre as imagens.

 - Considera-se que muitos conteúdos do inconsciente não estão diretamente acessíveis à consciência devido às restrições do ego e seus mecanismos de defesa.  
- Na psicologia, a projeção é um mecanismo de defesa inconsciente pelo qual vemos nossas próprias características e tendências não em nós mesmos, mas sim nas pessoas e eventos em nosso ambiente.

 - As imagens que se encontram na cartões do Tarot podem ser utilizadas de uma maneira semelhante. 

- Sally Nicholls descreve as cartas de tarô como detentores de  projeção, o que significa simplesmente que eles são ganchos para capturar a imaginação.

- Sugere que "ao ver as imagens que lançam sobre a realidade exterior, como reflexos de espelho da realidade interior, chegamos a conhecer a nós mesmos ... confrontando os arquétipos e libertar-se um pouco de sua compulsão, a pessoa se torna cada vez mais capaz de responder à vida de forma individual ... ou, em termos de Jung "processo de Individuação".

- De acordo com Jung, os seres humanos tendem a responder a outros em termos de imagens arquetípicas que emergem do inconsciente coletivo, e tem o efeito de definir nossas expectativas conscientes e das pessoas próximas a nós. 

- Imagens do cartão de Tarot podem ser eficazes em provocar intuições conscientes de que as mudanças de efeito em nossas imagens interiores, que depois servem para facilitar mudanças no comportamento manifesto. Essas mudanças, em seguida, resultam em novas respostas de pessoas e situações ao nosso redor. 

- O Tarot não tenta prever o futuro, mas permite que o indivíduo tenha um papel ativo na criação de um futuro novo e transformado - na transcendência do seu ego consciente com o propósito de alcançar a totalidade ou completa consciência de si, e, finalmente, em sua atualização do Eu Superior.

Fonte: NICHOLLS, Sally - Jung e o Tarot - Uma Jornada Arquetípica
Ψ Fatima Vieira - Psicóloga Clínica

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