sábado, junho 01, 2013

Aniversário

Faz tempo que não falo. Não me expresso. Eis-me aqui novamente.
De novo é próximo o meu aniversario. Quatro de junho. Data ruim no Brasil. Nunca posso comemorar com alguém porque alegam que não receberam, que não têm dinheiro e bla, bla, bla. Isso cansa.

Poucos foram os aniversários realmente bons. Quando fiz 19 anos, esse sim foi bacana. Passei na cidade que eu nasci. Fiquei na casa dos meus tios e fui a um restaurante com meu outro tio e a namorada. O garçom me deu um guardanapo de papel com um nome e telefone de alguém que queria me conhecer. Era o dono. Tá guardado até hoje na página do dia quatro de junho da agenda que eu escrevi um diário. Ganhei tantos presentes e quando cheguei a  casa, minha cama estava repleta de vários presentes. Nunca vou me esquecer.

Teve os de 26 anos. Eu tinha anorexia. Estava sofrendo por amor. O Eder, namorado da época, ou ex, porque ele tinha terminado comigo, me deu algo que eu pensei nunca ganhar na vida. Eu também nunca vou me esquecer desse ano. Ele me deu um buquê de rosas azuis. É certo que essas rosas não existem, mas ele se lembrou do que eu tinha dito, sobre o filme da rosa azul, que era símbolo de amor infinito e verdadeiro. As rosas eram brancas, pintadas de azul. Ele disse que a florista não tinha pronta e fez na hora, por isso ficou manchada. Foi um dos poucos gestos mais lindos que alguém fez a mim.

Aniversário de seis anos foi a única festa de aniversário com convidados e bolo. Teve algumas pessoas, mas nenhuma foto para relembrar. Naquela época máquinas fotográficas não eram tão baratas. Minha avó era viva. Minha mãe só ouvia Elvis Presley. O LP dos três patinhos e balão mágico era a trilha sonora. Acho que nunca mencionei isso a ninguém.

Aos 12 anos ganhei mais um relógio de pulso do meu pai. Durante cinco canos seguidos ele só me dava relógios. Eu os tenho ainda. Não funcionam. Eu tinha um namorado nessa época. O Edmar. Ele tinha 15 anos. Era o garoto mais bonito de Buarque, mas eu não gostava dele. A gente nunca se beijou. Ele me deu um porta jóias. De início pensei  que fosse uma caixinha de música, objeto que eu sempre quis ter, mas nunca ganhei. Ainda vou comprar uma. E o presente dele, tenho ainda hoje. Naquela época eu o odiava. Eu sempre apanhava quando ele ia embora. Minha mãe me surrava por motivos inglórios. Ainda penso porque ela agia assim. Eu não merecia. (ou merecia?)

Aos 30 anos. Não é um simples número. A coisa é meio louca mesmo, pergunte a todo mundo que passou por essa idade. É uma coisa meio adulta. Um tal de querer deixar de fazer coisas porque não combinam mais com a idade, ou um querer fazer coisas que ainda não fez. É como ser a idade da responsabilidade. Mas depois que você passa por ela (rs), você quer ter sempre 28 anos.  Passei na Privilege, com a Lilian . minha amiga desde os 20 anos. Pensei que seriamos amigas para sempre. Uma coisa tão pequena acabou com a amizade.

20 anos. Desse eu me lembro. É um número bonito. Eu gostava mesmo de ter 20 anos, mas parecia ter 14. Todo mundo me barrava nos lugares achando que eu era menor. Como sempre, ninguém tinha dinheiro. Minha mãe comprou um bolo pequeno, bem pequeno, desses que cabe em uma mão. Algumas pessoas, inclusive Lilian, Heriquessandro, Davi e outros mais foram cantar o tal “parabéns”. Assim que acabou, Davi, namorado da minha irmão na época, pegou o bolo e jogou na minha cara. Nossa. Nem tive reação. Só olhei pra cara da minha mãe que tinha comprado o bolo com dinheiro emprestado, sem poder comer um pedaço sequer. Ah, Davi não parou ai. Colocou pelo menos uns três ovos nas minhas calças e me chutou. Foi um aniversário bem sujo, aquilo custou a sair de mim. Fui tia nesse ano.

Eu podia falar de quase todos, mas não é o caso hoje. Quando fiz 37 ... ( parei por alguns segundos agora; a cena me veio à cabeça). Obs: A verdade é que eu parei mesmo mais do que alguns segundos antes de terminar esta postagem. É certo que comecei a escrever no dia primeiro, mas hoje já é dia 08 e levei na verdade alguns dias, inclusive até passou o dia quatro.

Então dando continuidade aos 37 anos... esse foi diferente. Eu ainda estava com o Gabriel, mas não parecia que ele era meu namorado. Eu não gostava dele a ponto de estar apaixonada, o Cássio era quem não me saía da cabeça. Gabriel me deu um presente, que eu pensei que seria uma aliança de compromisso, mas na verdade foi um colar e um par de brincos com pingente de coração. A mãe dele me deu um desses porta jóias de papel, com espelho em forma de caixa com gavetinha. A Thaila, um porta retrato de bichinho. Como o carro do Gabriel tava quebrado, restou ficar em casa. Fiz o meu prato com pão de forma. Uma das poucas coisas diferentes que eu sei fazer na cozinha. A Cleusa comprou um bolo. não foi de todo ruim.


Finalmente os 38 anos.
Uau! Este número remete a uma arma de fogo que eu bem vou usar em breve.
Este ano começou estranho.
No dia 22 de março o meu facebook foi invadido por nada mais que Gabriel. O que isso faz ele sentir-se bem, não sei. Só sei que ele é um bosta.
Com tanta coisa acontecendo e à quantidade de viagens que eu tenho feito por causa dos concursos, quase me esqueci que o meu aniversário estava próximo. Na verdade nem to mais aí pra essa coisa de idade. Nunca ganho presente mesmo. Este ano nem teve, igualzinho aos outros.Sequer um bolo.
A Tainara foi comigo ao centro da cidade, comemos no McDonald's, torta de morango e chocolate assado na Vó sinhá. Um pedaço pra cada uma. Que delícia! Depois fomos ao cinema assistir Se beber não case III.   Rose e família tb foram. A promoção de 2,00 o cinema acabou. Paguei 15,00. A vida não tá fácil pra ninguém...kkkk.

E esta sou eu com minha idade nova!
( fala sério, to a cada dia melhor...rs)

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