As coisas que escrevo aqui, tanto pessoais, como os textos que reproduzo, não são aleatórios. Todos eles têm uma razão de ser. Sejam porque eu li em algum lugar e fiquei curiosa pra saber o que significavam, como também são coisas que passam pela minha cabeça.
Quando me leio, me sinto tão triste e rancorosa. Me sinto como alguém desinteressante. Deve ser esse o motivo de meu blog ter o nome de DES INTERESSES. Eu acabei me dando conta disso neste exato momento. Por alguma razão que eu não sei qual.
Eu queria poder ser como Rei Salomão, e se Deus me concedesse um pedido, seria o de ter sabedoria. As vezes me acho esperta, mas quando os dias passam, vejo que tenho tanta coisa a aprender ainda, que refaço mentalmente meus diálogos com outras pessoas, e coloco outras frases que poderiam levar a outro rumo uma história. Me acho tão idiota.
Quando chego a postar aqui, coisa que não faço com frequência, é porque estou sob a influência de algum acontecimento. Agora estou sob a influência do filme que eu demorei seis anos para ver após terem me indicado: Brilho eterno de uma mente sem lembrança. Foi na minha primeira turma do curso de Direito. Acabei me redescobrindo neste filme. Eu queria mesmo poder me esquecer de alguém, (este é o enredo do filme), mas se eu o fizesse, eu me esqueceria do que sou hoje. Isso soa tão confuso, mas não é. As memórias moldam nosso caráter. Isso já foi dito por outros, mas é fato.
Tem uma cena desse filme que me identifico com a louca personagem que vive mudando a cor dos cabelos, sou tão triste que o fato de pensar que seduzo alguém a achar que terá sexo comigo, levanta meu ego. Eu já tinha descoberto essa infeliz incapacidade que tenho em ser auto suficiente. Talvez eu precise mesmo ser o objeto de desejo para me sentir melhor. Acho que é o medo de envelhecer, ou simplesmente ser importante de alguma forma, mesmo que essa forma seja induzindo alguém à sedução. Só que após conseguir o que eu queria, me sinto mal. E acabo me sentindo fútil e espero que reconheçam que sou inteligente.
Inteligente, inteligentíssima. Adjetivos que recebo com certa frequência, mas será que realmente o sou? Sei apenas que tais adjetivos são de muita responsabilidade. Pessoas exigem demais de quem é adjetivado inteligente.
Mas vamos então às citações do tal filme reflexivo:
"A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez." - Friedrich Nietzsche
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ficarei feliz em saber sua opinião