sexta-feira, janeiro 20, 2012

Brilho eterno de uma mente sem lembranças

As coisas que escrevo aqui, tanto pessoais, como os textos que reproduzo, não são aleatórios. Todos eles têm uma razão de ser. Sejam porque eu li em algum lugar e fiquei curiosa pra saber o que significavam, como também são coisas que passam pela minha cabeça.

Quando me leio, me sinto tão triste e rancorosa. Me sinto como alguém desinteressante. Deve ser esse o motivo de meu blog ter o nome de DES INTERESSES. Eu acabei me dando conta disso neste exato momento. Por alguma razão que eu não sei qual.

Eu queria poder ser como Rei Salomão, e se Deus me concedesse um pedido, seria o de ter sabedoria. As vezes me acho esperta, mas quando os dias passam, vejo que tenho tanta coisa a aprender ainda, que refaço mentalmente meus diálogos com outras pessoas, e coloco outras frases que poderiam levar a outro rumo uma história. Me acho tão idiota.

Quando chego a postar aqui, coisa que não faço com frequência, é porque estou sob a influência de algum acontecimento. Agora estou sob a influência do filme que eu demorei seis anos para ver após terem me indicado: Brilho eterno de uma mente sem lembrança. Foi na minha primeira turma do curso de Direito. Acabei me redescobrindo neste filme. Eu queria mesmo poder me esquecer de alguém, (este é o enredo do filme), mas se eu o fizesse, eu me esqueceria do que sou hoje. Isso soa tão confuso, mas não é. As memórias moldam nosso caráter. Isso já foi dito por outros, mas é fato.

Tem uma cena desse filme que me identifico com a louca personagem que vive mudando a cor dos cabelos, sou tão triste que o fato de pensar que seduzo alguém a achar que terá sexo comigo, levanta meu ego. Eu já tinha descoberto essa infeliz incapacidade que tenho em ser auto suficiente. Talvez eu precise mesmo ser o objeto de desejo para me sentir melhor. Acho que é o medo de envelhecer, ou simplesmente ser importante de alguma forma, mesmo que essa forma seja induzindo alguém à sedução. Só que após conseguir o que eu queria, me sinto mal. E acabo me sentindo fútil e espero que reconheçam que sou inteligente.

Inteligente, inteligentíssima. Adjetivos que recebo com certa frequência, mas será que realmente o sou? Sei apenas que tais adjetivos são de muita responsabilidade. Pessoas exigem demais de quem é adjetivado inteligente.
Mas vamos então às citações do tal filme reflexivo:

"A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez." - Friedrich Nietzsche




  • Feliz é o destino da inocente vestal
    Sentir raiva é vingar-se das falhas dos outros em si próprio
    Feliz é a inocente vestal!
    Esquecendo o mundo e sendo por ele esquecida.
    Brilho eterno de uma mente sem lembranças
    Toda prece é ouvida, toda graça se alcança -Alexandre Pope 
     

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