É sempre assim, todo dezembro as empresas, a economia e as pessoas fazem um balanço geral de lucros e despesas, prejuízos e receitas. Eu como contadora, nossa, que tempo não me faço esse adjetivo, sim, contadora, minha primeira profissão, não podia deixar de fazer o balança anual como sempre tenho feito desde o primeiro dezembro deste blog.
Durante algum tempo, confesso, tive receio de dizer minha idade. Vergonha, ou qualquer outro tipo de sentimento, não sei ao certo. Talvez fosse medo de rejeição, comparação, ou sei lá o que. Hoje não. Assumo os meus 39 anos. Poxa, passou bem rápido mesmo. Trabalhei essa ideia de idade real durante todo esse ano, tive afirmação dela ao entrar numa rede de relacionamento de paquera, onde sem a gente querer, acaba aparecendo a idade real. Ok! Foi ali que percebi que as pessoas começaram a dizer que a idade só podia estar errada se comparada à foto. Quando eu dizia que era verdade, me davam os Parabéns! Estranho isso. Por que eu tinha que receber congratulações por aparentar menos idade? Percebi que as pessoas, nesse caso, os homens, querem essa coisa de mulher com aparência mais jovial.
Enfim. Ano que vem farei 40 anos. Só agora que caiu a ficha. Quatro décadas de mim. Não dá pra esconder o que vivi, as experiencias que tive só pra me passar por mais nova. Ano que vem, parece que a coisa vai ser mesmo incrível, ou será mais um aniversário boçal sem presentes ou felicitações, mas será em quarenta anos, feriado. Feriadão, porque vai cair numa quinta e no Brasil tudo é motivo para emendar dias de folga. Estou ansiosa só pra saber como será. Mas dessa vez eu queria comemorar., Mas quem iria comemorar minhas primaveras comigo? É tanto entra e sai de gente passageira na minha vida. Poucos são os que ficam um pouco mais de anos.
Voltando a 2014. Foi um ano bom, apesar de tudo. Revi pessoas com quem trabalhei. com quem voltei a trabalhar. Voltei pra Almaviva e depois de seis meses saí de lá. Mais planejado impossível. Conheci o Victor, rapaz jovem, esforçado, supervisor de lá, mas durou pouco nosso contato na empresa, porque ele faleceu em um acidente de carro. Fiquei mais íntima do Rodrigo, um dos veteranos da empresa, entrou na mesma época que eu. Ele acabou morrendo de forma horrível. Assassinado por um menino de 15 anos, que o esfaqueou, agora no início de dezembro. Ano estranho, com mortes estranhas. Mais gente morreu. Outras reapareceram, como Elaine, agora morando em Brasília, e a Vânia, mulher de um cardiologista em Barbacena. Amizades foram desfeitas, outras nasceram. Houve o rompimento de vez com o Cássio. Essa parte eu fiquei bem triste, mas acabei indo fazer musculação. É tipo: nada como um pé na bunda pra te levar pra frente! Acabei conhecendo mais pessoas queridas na academia ( a irmã do Cássio malha lá), coincidência, mas tive que abrir esse parágrafo. Ah, tem a Lílian, depois de mais de 10 anos, eis que ela vai trabalhar e malhar na mesma empresa e academia que eu. Credo! Tenho medo quando a vida trás pessoas de volta assim na minha vida.
Último período da faculdade foi difícil, puxado, complicado e com pouco tempo pra estudar. Tenso. Nunca desejei tanto ter férias. Estou em ferias!
Grandes coisas estão por acontecer. A vida vai nos surpreender em breve.