sábado, novembro 25, 2006

Sexta, 24 de novembro de 2006, 09h08 Atualizada às 20h06
Cientistas tentam dar mais humanidade aos robôs


AP

O professor japonês Hiroshi trabalha em um robô com a sua própria aparência





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George é um robô virtual que brinca de esconde esconde com o cientista Alan Schultz. Soa infantil, até porque o pesquisador está tentando ensiná-lo a jogar "capture a bandeira", uma modalidade de combate bastante popular em paintball e videogames como Quake. Mas, na verdade, faz parte de uma revolução: dar aos robôs alguma humanidade.

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"Para mim, é a fronteira final para o 'desenvolvimento humano' das máquinas", explica Cynthia Breazeal, diretora do grupo de vida robótica do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos. "Robôs têm que entender as pessoas como pessoas... por enquanto, eles entendem como cadeiras", complementa ela.

As máquinas estão deixando de serem movidas por softwares e sistemas de gerenciamento remoto para finalmente trabalhar com pessoas. Os cientistas estão trabalhando em robôs que interagem com humanos de uma forma mais "cuidadosa". Entre os exemplos, está o Huggable, um robô em formato de urso de pelúcia que monitora a saúde física e mental de crianças autistas.

Inteligência artificial

Por isso, o robô virtual George é importante. Como máquina, ele não é nenhum espanto. Trata-se de um sistema padrão reprogramado pelo Centro Naval de Pesquisa Aplicada em Inteligência Artificial, dirigido por Schultz. George aparece como uma face animada na tela de um computador e interage como ambiente e com as pessoas por meio de um binóculo adaptado em uma base giratória.

"George, esconda-se!", ordena Schultz. A inteligência artificial gira a "cabeça" várias vezes e simula esconder-se por trás de caixas disponíveis na desordenada sala. Em seguida, anuncia, por meio de uma voz metálica: "Eu consegui o meu objetivo". Schultz "encontra" George facilmente, mas a simulação é um avanço para um sistema robótico.

"Estamos apenas arranhando a superfície", declara Sebastian Thrun, diretor do Laboratório de Inteligência Artificial de Stanford. A unidade ganhou do Departamento de Defesa dos Estados Unidos o desafio de criar um carro robótico capaz de orientar-se sozinho no deserto. Trrun prevê que, em 10 anos, as máquinas irão cuidar da segurança e da limpeza de nossas casas. "Haverá muitos dispositicos personalizados", antecipa ele.

Aspirador de pó

O iRobot Roomba é um robô aspirador de pó em formato de disco, comercializado por US$ 280, o equivalente a pouco mais de R$ 600. Já teve mais de duas milhões de unidades vendidas, mas trabalha melhor sem a presença de pessoas no ambiente. A promessa dos cientistas é criar máquinas como a autômata Rose, a empregada doméstica da família futurística do desenho animado Os Jetsons, que executa suas tarefas mesmo com os donos perambulando pela casa. "Se Rose estará em frente e em volta de você, ela deve ser boa em interagir de forma natural e fácil", explica Rod Brooks, diretor do Laboratório de Inteligência Artificial do MIT.

O novo campo da interação entre humanos e robôs está criado, inclusive com a presença de mulheres em cargos de liderança. São cientistas sociais, especialistas em linguagem, doutoras e até filósofas. É bastante diferente de 50 anos atrás, quando o cenário da inteligência artificial foi criado em um fórum na Universidade de Dartmouth, onde os especialistas focaram seus estudos em quebra-cabeças e jogos de Xadrez em vez de conceitos como percepção.

"Todos eles pensavam que percepção era fácil - uma criança de dois anos poderia desenvolvê-la - mas jogar xadrez era para pessoas inteligentes", esclareceu Brooks. "Eles se enganaram e Hollywood também", acrescentou ele, referindo-se à indústria cinematográfica.

Robô astronauta

Na Agência Espacial Norte-americana (Nasa), astronautas estão trabalhando com o cientista Alan Schultz - o mesmo da inteligência artificial George - em um protótipo chamado Robonaut. Eles querem que a máquina entenda quando um astronauta aponta para alguma coisa e diz "ali". Os humanos logo entendem o que é e qual a tarefa a ser executada, mas para os robôs, é um grande salto.

E com o que um robô deve se parecer? Bom: o norte-americano David Hanson e o professor japonês Hiroshi Ishiguro, da Universidade de Osaka, Japão, trabalham em máquinas com aparência assustadoramente humana. O robô Geminoid é um "gêmeo" de Ishiguro. Mas há exemplos de autômatos até em formato de pingüim. Sherry Turkle, do MIT, preocupa-se, inclusive, com robôs muito parecidos com humanos. Ela teme que as pessoas, subconscientemente, dêem mais crédito aos robôs do que eles merecem. Se a pessoa está doente, machucada ou senil, "realmente vai querer uma pessoa" e não uma máquina.

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