segunda-feira, dezembro 23, 2013

A palavra reencarnação foi retirada da Bíblia

A reencarnação está patente nos textos originais. A partir da criação do homem, no Gênese. Daí para frente você vai encontrando referências claras de reencarnação pela Bíblia. São provas claras de que a reencarnação fazia parte do cristianismo, até ser ‘‘apagado’’ pelo Concílio de Constantinopla, algo que os estudiosos católicos negam até hoje, mas que está registrado historicamente. Isso seguiu até o famoso Concílio de Constantinopla, no ano de 553 da nossa era, que apresentava duas correntes: a corrente monofítica e a originista, que defendia a reencarnação, um princípio que já estava arraigado à Igreja.

A rainha Teodósia de Constantinopla teve muita influência nesse Concílio, hospedando os monofisistas, pois era contra a reencarnação, uma vez que era muito devasta e tinha sido prostituta. As prostitutas de Constantinopla se orgulhavam em dizer que eram amigas da rainha, então ela mandou matar todas as quinhentas prostitutas. A partir daí, o povo passou a dizer que ela reencarnaria quinhentas vezes e, para não reencarnar, ela influenciou o Concílio, que assim foi muito tumultuado. Até mesmo o Papa foi excomungado e depois perdoado. A partir daí, a Igreja determinou que todo aquele que fosse a favor da doutrina de reencarnação seria anátema ou condenado. Portanto, essa foi a origem. Mesmo assim, você encontra no meio católico pessoas que aceitam a reencarnação. A Igreja Católica voltará a aceitar os conceitos da reencarnação. É só uma questão de tempo.

As raízes de todas as distorções estão nas traduções gregas. Por exemplo, quando você começa a estudar a Torah, que é uma palavra hebraica que significa ensinamento ou revelação divina. Quando você chega no grego, eles não chamam de revelação e sim de nomos, que significa Lei. Eles transformaram o que era uma revelação para uma Lei. E a conseqüência disso é que Lei é um princípio que regulamenta, proíbe e delimita. Enquanto o ensinamento é ao contrário, ele liberta. Não sei qual foi a intenção deles (gregos), mas eles foram os grandes mentores de todo o desvio entre o hebraico e as traduções em espanhol, inglês e português.

O V Concílio Ecumênico de Constantinopla II (553) 

A Igreja teve alguns concílios tumultuados. Mas parece que o V Concílio de Constantinopla II (553) bateu o recorde em matéria de desordem e mesmo de desrespeito aos bispos e ao próprio Papa Vigílio, papa da época. 

O imperador Justiniano tem seus méritos, inclusive o de ter construído, em 552, a famosa Igreja de Santa Sofia, obra-prima da arte bizantina, hoje uma mesquita muçulmana. 

Era um teólogo que queria saber mais que teologia do que o papa. Sua mulher, a imperatriz Teodora, foi uma cortesã e se imiscuía nos assuntos do governo do seu marido, e até nos de teologia. 

Contam alguns autores que, por ter sido ela uma prostituta, isso era motivo de muito orgulho por parte das suas ex-colegas. Ela sentia, por sua vez, uma grande revolta contra o fato de suas ex-colegas ficarem decantando tal honra, que, para Teodora, se constituía em desonra. 

Para acabar com esta história, mandou eliminar todas as prostitutas da região de Constantinopla – cerca de quinhentas. 

Como o povo naquela época era reencarnacionista, apesar de ser em sua maioria cristão, passou a chamá-la de assassina, e a dizer que deveria ser assassinada, em vidas futuras, quinhentas vezes; que era seu carma por ter mandado assassinar as suas ex-colegas prostitutas. 

O certo é que Teodora passou a odiar a doutrina da reencarnação. Como mandava e desmandava em meio mundo através de seu marido, resolveu partir para uma perseguição, sem tréguas contra essa doutrina e contra o seu maior defensor entre os cristãos, Orígenes, cuja fama de sábio era motivo de orgulho dos seguidores do cristianismo, apesar de ele ter vivido quase três séculos antes. 

Como a doutrina da reencarnação pressupõe a da preexistência do espírito, Justiniano e Teodora partiram, primeiro, para desestruturar a da preexistência, com o que estariam, automaticamente, desestruturando a da reencarnação. 

Em 543, Justiniano publicou um édito, em que expunha e condenava as principais ideias de Orígenes, sendo uma delas a da preexistência.



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