quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Mateus Solano


completamente apaixonado pelo que faz. E embora tenha um carinho especial pelos palcos, diz que o que gosta mesmo é de atuar, independente se no teatro, no cinema ou na televisão.

Apesar da fama ser algo mais recente em sua vida, há treze anos Mateus já exerce a profissão de ator. No teatro atuou em peças como "2 p/ Viagem" e "Hamlet". Na televisão interpretou Gustavo Gomes em "Um Só Coração" (2004) e Júlio Soares em "JK" (2006). Além disso, fez participações em "A Diarista" (2005), "Sob Nova Direção" (2007) e "Faça Sua História" (2008).

Mas foi no papel de Ronaldo Bôscoli, na minissérie “Maysa – Quando Fala o coração”, que Mateus Solano ganhou grande destaque. Atualmente, o ator está dando um show de interpretação, na pele dos irmãos gêmeos, Jorge e Miguel, na novela “Viver a Vida”, de Manoel Carlos.

É claro que com papel dobrado, Mateus está com a rotina praticamente toda comprometida com as gravações. Mesmo assim, o ator deu uma paradinha na correria e concedeu esta entrevista ao Famosidades.

Ele falou um pouco sobre a novela, sua paixão pela profissão e a tentativa de se desvincular do título de galã. Embora a beleza de Mateus também encante as fãs, ele faz questão de afirmar que não é um galã, mas um ator. “Nunca fui modelo, nunca desfilei, não me interesso muito por moda. Sei atuar, que é o meu trabalho”, afirmou.

Leia, a seguir, a entrevista com Mateus Solano.


FAMOSIDADES - Todo ator sabe que fazer novela das 21h é uma grande responsabilidade e um trabalho que dá muita projeção. Apesar de saber de tudo isso, como tem sido viver essa realidade? Como é lidar com o sucesso?

MATEUS SOLANO - Tem sido muito tranqüilo. Tenho uma ótima relação com a imprensa e com os fãs da novela. Saio muito pouco devido a rotina de gravação. Fico mais tempo no trabalho que em qualquer outro lugar, As pessoas que me param para pedir autógrafos ou tirar fotos são sempre muito gentis e educadas. Todos falam muito do trabalho e adoro trocar com quem assiste a novela.

Geralmente, quando há gêmeos em novelas, existe sempre o "bonzinho" e "malvado". Mas com Miguel e Jorge vemos outros lados de cada um. Como foi sua preparação para fugir desse estereótipo? Foi algo que estava no texto de Manoel Carlos ou foi uma opção pessoal? Manoel Carlos escreve um texto muito humano. No caso do Jorge e do Miguel, não há um bom e outro mau. Tento humanizá-los de todas as formas e o texto me ajuda muito. Maneco sempre me obrigou a mostrar o humor que o Jorge tem no trabalho e a seriedade com que Miguel leva o hospital, por exemplo. Ele não me dá estereótipos, mas seres humanos, com erros e acertos, e é isso o que tento alcançar com o meu trabalho, essa humanidade do texto. Entendo todas as razões que levam Miguel e Jorge a serem do jeito que são.

Se você pudesse escrever o final de “Viver a Vida”, que destino daria a cada um dos irmãos?

Adoraria que cada um pudesse superar os problemas pelos quais têm passado na trama. E que se entendessem entre eles, apesar das diferenças.

Quando inicia um novo trabalho você gosta de fazer pesquisas profundas para um personagem? O que geralmente faz?

Tenho muito respeito pelo meu trabalho (e por aqueles que o assistem) e por isso nunca vou pelo caminho mais fácil. Tento sempre encontrar o máximo de camadas, possibilidades, caminhos que um personagem pode tomar. Mas é um trabalho muito subjetivo, interno, que vou desenvolvendo a cada trabalho. Não busco muita referência fora de mim. Trabalhei com diretores e companhias muito diferentes nesses 13 anos de carreira e nunca tive um processo de construção de personagem igual ao outro. Gosto muito de experimentar e vivenciar o trabalho sempre de formas diferentes.

Para a minissérie "Maysa", quais foram suas principais fontes de pesquisa para viver Ronaldo Bôscoli?

Eu li a autobiografia que ele escreveu. Sua forma de escrever falava muito do homem que ele era. Achei melhor não conversar com as pessoas que o conheceram, para não alimentar expectativas. Tentei entendê-lo. Claro que tive o aval do Jayme Monjardim na composição do personagem. Certo dia ele disse: "Você já entendeu o que eu quero com o Bôscoli".

A maioria dos atores que vêm do teatro guardam um carinho especial pelos palcos. Alguns até dizem que preferem o teatro à televisão. Você tem uma preferência?

Eu gosto de atuar. O teatro é minha paixão e acho que não há nada como estar diante do público no momento em que a cena acontece. No teatro o público é cumplice e co-autor do espetáculo daquele dia. Televisão me fascina pelas câmeras, pelo imenso trabalho em equipe, pelo desafio de criar cenas novas todos os dias, pela empatia com o Brasil. Tenho pouquíssima experiência no Cinema, mas sei que oferece uma liberdade incrível para a criação do ator, para depois eternizar seus melhores momentos. São linguagens completamente diferentes e o ator deve reaprender seu ofício para passar de uma pra outra. Mas o que eu gosto mesmo é de atuar, seja em qual meio for.

Você e sua namorada, Paula Braun, se conheceram durante a gravação de um curta metragem. Vocês pensam em repetir essa parceria? Já têm algum projeto em vista para trabalharem juntos?

Não temos nada em vista. Recentemente você recusou convites para desfilar no Fashion Rio. Não tem medo que as pessoas encararem isso de maneira negativa?

Eu não me sinto confortável fazendo algo que não faz parte da minha vida. Nunca fui modelo, nunca desfilei, não me interesso muito por moda. Sei atuar, que é o meu trabalho. Respeito os atores que participam de desfile, mas não é para mim.

Atualmente você é considerado um dos galãs da televisão brasileira. Esse título te incomoda?

Na verdade o Mateus Solano não é um galã, mas um ator. Nesse momento, interpreto dois galãs completamente diferentes (o que é trabalho de ator). É isso o que mais me atrai na minha profissão, a possibilidade de poder viver vários personagens. E tem sido muito bom aprender tanto com eles e ter o meu trabalho tão amplamente reconhecido através da TV.

Qual a primeira coisa que pretende fazer quando as gravações de “Viver a Vida” terminarem?

Primeiro Viajar e descansar para repor as energias para um novo trabalho. Depois espero retornar aos palcos, telas...

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