A lounge music foi criada na década de 50, caracterizando então as canções executadas em ambientes destinados a tranquilizar a mente e o corpo, especialmente em bares finos, normalmente localizados em hotéis luxuosos. Ela passou a ser tocada também nos conhecidos Chill Out, pontos das raves e festivais nos quais as pessoas podiam dar uma trégua ao bombardeio musical do cérebro, cultivando um som mais calmo.
Entre os trabalhos nacionais e do âmbito internacional destacam-se Sounds from the Verve Hi-Fi – Thievery Corporation -, DJ Kicks – Kruder & Dorfmeister -, Eletrobossa -Edson X -e coletâneas como Buddha Lounge, que na verdade são reinterpretações da lounge music original, as quais surgiram na década de 90. Antes deste sincretismo musical este estilo chegou a ser popularmente designado de música de elevador, em parte por conta das gravações do compositor Burt Bacharach.
A expressão ‘lounge’ pode ser traduzida como lugar, enquanto lounge music teria o significado de música de sala de estar. Ela atua como uma sonoridade de fundo, que permite às pessoas interagirem sem serem perturbadas pelo som ambiente. Igualmente conhecida como Ambient music e Chill Out, ela é normalmente dividida em Downtempo, Break Beat, Trip Hop, Jazz e Bossa Nova.
Depois de ser exaustivamente cultivada na Europa, ela desembarcou no Brasil. Aqui a lounge music vem ganhando um destaque crescente em meio aos produtores brasileiros e no circuito das gravadoras, entre elas a Azul Music, a Universal e a Studio K7, conquistando um patamar significativo na esfera do ritmo eletrônico.
Embora tenha se tornado, em dado momento, uma sonoridade direcionada exclusivamente para as altas classes, logo ela voltou a se massificar e hoje é vista como algo mais do que um som composto para preencher um ambiente. Isto graças a sua mixação com o funk, o jazz e a bossa nova, concretizada por Djs e produtores do circuito musical contemporâneo.
Divas do jazz, como Billie Holiday e Nina Simone, além de compositores do porte de Tom Jobim e Astrud Gilberto, estão renascendo à luz de inovadoras versões de seus grandes hits. Todo esse trabalho é realizado com um alto nível qualitativo e boas doses de requinte, conquistando até mesmo a atenção de críticos e músicos mais difíceis de satisfazer.
Junto à percussão eletrônica são utilizados instrumentos de natureza acústica, entre eles baixo acústico, instrumentos de sopro, violão, percussão. No circuito nacional vêm aparecendo produções como as de Edson X, que criou o selo Batida Sossegada, com o objetivo de disseminar novos artistas. A primeira coletânea aí nascida conta com a participação de Djs como Pedra Branca, Chill Out Company , Black Tie Projekt, entre outros.
Outro caminho seguido pela lounge music segue a marcante inspiração da música produzida no Mediterrâneo. Este estilo pode ser observado nas gravações de músicos como Jose Padilla, La Roca e Ekova.
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